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Como eleger um babaca

Por Júnior Grings – Troteando pelo mundo

Não sei se todos aqui sabem, mas tive até hoje uma vida política intensa, principalmente nos bastidores da política da minha cidade no interior do Rio Grande do Sul – Horizontina – fui eleitor, militante, filiado, dirigente partidário, coordenador de campanha e até candidato. Por motivos pessoais, me retirei por hora desse ambiente, não marquei hora e nem lugar para voltar, mas isso pode é provavelmente acontecerá.

Com base na minha pequena experiência em cada instância da política partidária e eleitoral pensei em montar uma brincadeira junto com o pessoal que nos acompanha aqui. Uma série de publicações titulada de "Como eleger um babaca". Mas a série só irá vingar se conseguir a colaboração dos leitores desse blog.

Como colaborar? O primeiro passo é um voluntário a babaca. O quê? Devem estar pensando vocês, quer que alguém seja babaca. Isso mesmo, preciso de um voluntário com uma foto de boa qualidade, para darmos os passos iniciais. Então pessoal a continuação dessa série depende de vocês.

Mais uma eleição

Por Júnior Grings – Troteando pelo mundo.

Estamos próximos de mais uma eleição presidencial, junto com nosso ato de escolher nosso futuro Presidente, teremos a chance também de escolher Governadores, Senadores e Deputados. E o que mais me constrange nisso tudo é que mais uma vez vamos ficar longe, mas muito longe, de um debate político de verdade.

Talvez o período eleitoral seja justamente para discutir propostas, ataques pessoais mútuos e obras faraônicas. Entretanto, a exposição clara de cada partido pelo seu sistema político sempre fica comprometida. Parece que os grandes partidos nacionais não querem mostrar realmente seus ideais, os pequenos não têm espaço e nem prestígio para isso e os medianos ficam na espreita da cumplicidade.

Não se trata de comunismo x capitalismo. Estou falando de um debate sobre as verdadeiras obrigações do estado, os setores que o estado deve interferir ou aqueles que ele deve se retirar. Privatizar ou não privatizar? Estatizar ou desestatizar? Não são perguntas que devem ser respondidas por sim ou não, por farei ou não farei, por quero ou não quero.

Esse debate fica longe dos períodos eleitorais por assustar boa parte dos eleitores. Assim com boa parte dos temas políticos polêmicos e necessários. E com os políticos dizendo que não o fazem porque não é isso que os eleitores querem discutir. E enquanto isso, o tempo vai passando.

Tem fogo?

Júnior Grings – troteando pelo mundo.


- O Senhor fuma?

- Hein? Falaste comigo?

- Sim. O senhor Fuma? Perdi o meu isqueiro e estou querendo ascender um cigarro.

- Já fumei por algum tempo, mas acredito que parei.

- Acredita? Ou o senhor Fuma ou o Senhor não fuma.

- Da mesma forma que não sou senhor, acredito que parei de fumar. Não posso ter essa certeza. Aliás, ninguém pode ter certeza alguma. Quais as tuas certezas?

- Minha certeza é que preciso fumar um cigarro, no entanto não tenho fogo. O senhor é um pouco estranho.

- Ah. Fogo! Tens certeza?

- Sim. Tenho certeza que não tenho fogo!!!

- Não, não. Tens certeza que sou estranho?

- Ahnn?

- Esquece. Estou um pouco atrapalhado. Mas aquela moça que se aproxima tem fogo.

- Conhece ela?

- Não tenho certeza.

- Como o senhor sabe que ela tem fogo?

- Não sou senhor.

- Estou quase certo disso.

- Que eu não sou senhor?

- Não. Que o senhor é estranho.

- Hei! Moça você tem fogo?

- Lauriane.

- Como sabe o meu nome?

- Não sei, apenas imaginei que fosse.

- Definitivamente o senhor é estranho.

- Não sou.

- O senhor é estranho.

- Não. Não sou senhor.

- Eu hein. Vou deixar vocês aqui, e seguir.

- O senhor é tão estranho que assustou a moça.

- Seu cigarro apagou.

- Não estou mais com vontade de fumar.

- Estranho!?

- Às vezes acontece isso comigo.

- Não, estou me perguntando se sou estranho, se sou senhor.

- O senhor é um estranho meio confuso.

- Não.

- Já sei. Não é senhor.

- Não. Não estou confuso. Tem certeza que pareço estranho?

- Estou.

- Estou? Você quis dizer pareço?

- Não. Eu estou confuso.

- O que estamos fazendo aqui parados mesmo?

- Esperando fogo para ascender o cigarro.

- Mas você não quer mais fumar.

- É. Estranho!

- Estranho não querer mais fumar?

- Não. Estranho que não seguimos nossos caminhos.

- Verdade. Estou ficando velho, estou confuso e isso me deixa um pouco estranho.

- Ainda bem.

- Ainda bem que eu reconheço isso?

- Não ainda bem que a Lauriane está voltando, vou poder fumar agora. Hei Lauriane...

Questionamento

Júnior Grings - Carolina MA



Olá amigos, de outrora. Andei sumido demais desse espaço. Passei por alguns problemas de personalidade, não que eu tenha finalmente criado uma. Sem mais, vamos ao que interessa, ou talvez nem interesse tanto assim. Relações de dependência entre os seres humanos são, ou ao menos parecem, algo inevitável. Precisamos criar ciclos de produção para viver nos tempos atuais. Produção de alimentos, roupas, conhecimentos, entretenimentos e assim por diante. Mas isso não tem novidade alguma, nem no fato que vai aparecer alguém dizendo que a natureza está aí, e que podemos nós mesmos extrair dela tudo que for necessário para a nossa sobrevivência.



Bem nesse ponto, surge algo que gostaria da ajuda dos leitores do Capeta, se é que ainda restou algum depois desse temporal de marasmo. Podemos ainda pensar em um ser humano independente, mesmo ignorando a racionalidade e os conhecimentos conquistados pela humanidade? Ou seja, uma pessoa totalmente isolada de tudo, pode viver em independência? Os ciclos de produção que agem diretamente no ambiente não criam uma dependência pela preservação dos recursos naturais?



Gostaria ver a opinião de vocês sobre esse assunto.

Em tempo...

Juro que ainda volto com regularidade digna nesse espaço. Por ora, lembro o seguinte: "Não existe nada tão sólido que não se desmanche com a paciência do ar".

Ps.: Todas as publicações a cargo do meu colega Júnior Grings são assinadas por ele. Não liguem para promessas vãs. Faz parte do processo de convivência.

Campos Lindos

Júnior Grings, de Campos Lindos - TO

Qual a imagem que vem a nossa cabeça de uma cidade líder nas exportações do seu Estado, com no mínimo duas multinacionais, lideres no seu setor, instaladas em seu território. Com uma divisão urbana de lotes planejada, e que boa parte do seu território está loteada para projetos agrícolas. Com riquezas naturais, uma vasta rede hidrográfica e com diversificação de solo para diversas culturas agropecuárias?

Existe uma grande chance de a sua imaginação ter lhe pregado uma peça daquelas, estamos falando de Campos Lindos – TO, cidade que foi considerada a mais pobre do Brasil no senso de 2000.

Alguns dados extraídos da Secretaria Estadual de Planejamento do Tocantins apontam Campos Lindos como uma das potências econômicas do estado. Basta fazer um comparativo apenas, com os dados do PIB per capita da cidade, um cidadão Campos Lindenses entre os anos de 2002 e 2006 teria faturado R$ 73.102,00 ou R$ 1.218,36 por mês. A pior colocação da cidade no índice nos anos foi 8° em 2004.

É importante salientar que a agricultura do município começou a se desenvolver depois de 2001. Entretanto, andar pelas ruas da cidade, ou percorrer os povoados do município se tem a nítida impressão que a situação caótica quantificada no senso do IBGE de 2000 não está distante da realidade do local.


Problemas da Tecnologia

Júnior Grings, de Campos Lindos - TO

As pessoas que me rodeiam sabem da minha quase alergia a telefone celular, obvio que já fui um usuário entusiasmado dessa tecnologia. Mas hoje ela me incomoda. Nos últimos anos usei por diversas vezes por necessidades profissionais, mas sempre quando podia desabilitava os serviços.

Entretanto, hoje estou em uma situação inusitada. Como é de conhecimento dos leitores do Capeta, estou residindo em Campos Lindos no Tocantins, cidade mais pobre do Brasil segundo o senso de 2000. Aqui não existe nem resquício de sinal de celular e incrivelmente isso está me incomodando.

Estou vitimado não pela falta do celular, e sim por não poder fazer a escolha entre o uso ou não uso da tecnologia. Talvez até por não ter charme algum dizer não ao celular onde ele não tem serventia alguma além de relógio e despertador.

Busca aos destroços do vôo 477

Júnior Grings

Sempre existe uma possibilidade mesmo que remota de encontrar sobreviventes, mas outro motivo também é preponderante nessas horas. As informações que podem desvendar o mistério sobre o desastre aéreo são informações de grande valor tecnológico. Explicando o que aconteceu com o avião da Air France, podem-se descobrir falhas na engenharia, ou limitações de alguns dispositivos da aeronave.

Tal descoberta não serve apenas para apontar culpados, serve também como base para avanços tecnológicos da aviação. Para cada vez acontecerem menos desastres no setor. Por esse motivo tanto o Brasil como a França e até alguns outros países estão tão empenhados na empreitada.

Toda essa operação tem um custo altíssimo, mas uma vida que ela poderá salvar no futuro já estará paga.

Enquanto estamos sem o Everton...

Júnior Grings, de Campos Lindos - TO

Enquanto o Everton vai curtindo um tempo sem a grande rede, eu vou tentar substituí-lo, detalhe ele não sabe.

Como estamos em tempo de guerra entre as duas Coreias e com um teste nuclear aqui, um lançamento de míssil ali. Cabe uma reflexão: os Estados Unidos da América invadiram o Iraque por muito menos, está certo mudou o Presidente. Entretanto, o que a Coreia do Norte produz mesmo?

Procurei e não encontrei. Queria fazer a citação literal da frase de Habermas, mas fica o registro. Temos que ter o cuidado com as ideologias, que em outras vezes que ela dominou não tínhamos mecanismos para destruir o mundo.

Tá, e daí?

Júnior Grings, de Campos Lindos, TO

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações, o serviço telefônico fixo e móvel piorou no primeiro trimestre de 2009. A Anatel tem um índice de desempenho que avalia o atendimento das empresas de telefonia no Brasil. Esse índice vai de zero até 100 e leva em conta a demora na resolução dos problemas, e também a rescendência de cada operadora.

Até aí nada de espetacular. O interessante vem agora: sete das oito operadoras de celular pioraram no índice. Já na telefonia fixa, sete, entre as nove maiores operadoras, pioraram.

Nós, brasileiros, ganhamos de brinde uma bolinha vermelha para colocar no nariz quando nascemos. Nosso serviço de telefonia é um dos mais caros do mundo. A qualidade é inferior a de muitos países. O sistema vem piorando e a angência reguladora não serve para regular! Pior: declara que não vai punir ninguém, argumentando que o tal índice serve apenas para aumentar a concorrência entre as operadoras.

Vêm cá? E se todas as operadoras piorarem? Como fica a concorrência?

Surpresas do Cerrado

Júnior Grings, Campos Lindos, TO

Algumas fotos da vegetação e das flores do cerrado brasileiro. As imagens foram feitas por Solano Dickel Dias e Vagner Paz Mengue. Assim que der, postarei algumas fotos do relevo e da situação de vida do sertão tocantinense.

Ah, valeu pelos 30 mil acessos! Certa vez o Everton conseguiu estragar nosso contador em uns 10 mil acessos... então, já são, mais ou menos, 40 visitas. Obrigado!

Uma ótima noite a todos.








Esse é o meu Brasil

Júnior Grings, de Campos Lindos - TO

Agüentar um desfile de carros importados nas Universidades Federais é difícil. Imaginem então Bolsistas do ProUni desfilando com um carrão por aí. Vejam matéria do G1 da globo.com sobre o assunto.

Deu no Folha da Cidade...

Publicado por Júnior Grings

O caso da cassação do prefeito de Horizontina, Irineu Colato, está dando o que falar. Leia parte da coluna do amigo Paulo Roberto Staziaki, publicada no jornal Folha Cidade, de Horizontina, que circulou esse final de semana:


Está sendo montado em Belo Horizonte um manual que ensina como abrandar exigências severas em uma eleição. Valerá inclusive aqui para o Rio Grande do Sul. Vejam que loucura:

1) Ter na frente de campanha uns três advogados bons, e se na chapa majoritária tiver causídicos, bingo.

2) Abertura de conta bancária é perda de tempo. Com lábia, tu finge ser meio “abobado” e diz que não entendeu a legislação.

3) Gastos até 11 mil e pouco, pode fazer que não dá nada. Não precisa declarar, isto não cassa mandato.

4) Comprar votos, até uns, 150 ou 200 pode! Não inflói, diminói, nem contribói, não tem potencialidade para mudar resultado.

5) É perda de tempo comprar gravador. Se pegarem alguém falando demais, basta esse alguém dizer que tinha tomado umas a mais, ou que estava “brincando” e a prova estará desfeita.

6) Caixa II então, se preocupa não, até provar meu filho, passa quatro, cinco anos!

7) Se fizer uns “favorzinhos” usar dinheiro vivo, afinal o dinheiro é seu, saiu da sua conta e você doa a quem quiser. Quem quebrará teu sigilo fiscal?

8) O povo sempre vai falar aqui e acolá, que há corrupção, mas esse povo fala demais e fala de todo mundo.

9) Salsichão e galeto pode! Afinal, tchê loko, se tu mora no Rio Grande, todo mundo faz churrasco. E a fumacera nas vilas no fim de setembro é pra comemorar o Dia do Gaúcho, a eleição é no início de outubro. Que mal tem uma festinha?

10) E se tu quiser sair da tua mansão e morar na vila uns 30 dias antes do pleito, sentir de perto a intenção de voto do povo, quem disse que é proibido?

11) E pode prometer emprego para todo mundo, afinal o estouro só vai dar depois da posse. Tu põe a culpa no mandatário anterior, diz que ele te entregou tudo quebrado, falido e chama os que te interessa.

Enchente em Altamira

Júnior Grings, em Campos Lindos (TO)

O caos que se tornou Altamira (PA), cidade que fica às margens do rio Xingu, não é novidade para os moradores daquela região. Seguindo a risca o que diz na frase na cartola do Blog, fui em busca de alguma coisa diferente sobre o ocorrido. Tenho alguns conhecidos e parentes morando lá, e também conheço bem a cidade.

Não é novidade alguma o volume das chuvas naquela região, nessa época do ano. A zona de convergência intra-tropical desce a Linha do Equador, encontra calor e umidade e despeja água sem parar. O que aconteceu na madrugada do último dia 12 não foi nada mais que um grande volume de chuvas nas cidades. Como o rio Xingu estava acima do nível normal, acabou represando os córregos e as drenagens urbanas. Isso alagou a cidade inteira.

O pânico que tomou conta na cidade é porque, desta vez, a água cresceu de maneira mais rápida que habitualmente. Como relata a moradora Daniela Pfiz: “moro aqui há 11 anos, tenho vizinhos que moram a mais de 50, e nunca foi visto algo do gênero”.

Segundo as previsões, o pior está por vir. Algumas fontes meteorológicas indicam um índice pluviométrico superior aos registrados nos últimos 30 anos. O que serve de consolo é que o período de chuvas está caminhando para o seu fim.

Vamos torcer para que os moradores da agradável e simpática cidade de Altamira não sofram mais nenhum imprevisto.

Acatar é fácil; entender é difícil

Júnior Grings, de Campos Lindos, Tocantins

Algumas coisas ecoam aos meus ouvidos. Isso acontece mesmo aqui, na distante cidade de Campos Lindos, no Tocantins. Observem citação do texto do amigo Jonas Diogo que vou transcrever abaixo (grifos meus):

“Os veículos comprados com os recursos não declarados só foram declarados como utilizados em campanha eleitoral DEPOIS que uma representação levada à Justiça, em outubro de 2008, alegou que os veículos haviam sido doados em troca de votos”.

Vou tentar ser lógico analisando os fatos. O prefeito de Horizontina, Irineu Colato, teve as contas eleitorais reprovadas por não utilizar conta bancária para as movimentações financeiras da campanha, procedimento obrigatório, segundo a Justiça Eleitoral, e seguido a risca por seus oponentes no pleito.

O simples fato da ausência de tal conta já é uma vantagem eleitoral, pois, enquanto os oponentes do Sr. Irineu utilizavam de um espaço público para movimentações financeiras, ele movimentava suas finanças eleitorais entre quatro paredes. Para todo depósito em uma conta-campanha, deve haver um recibo eleitoral correspondente. Explico melhor: eu, Júnior Grings, para fazer um depósito para algum candidato, devo ir até o banco, fazer um depósito identificado. Lá, constará meu CPF e RG. Depois o candidato deve me dar um recibo eleitoral (objeto que é controlado pelas executivas nacionais de cada partido e pela justiça eleitoral) do valor depositado. Quando esse valor é gasto, deve existir uma nota fiscal ou um recibo (com CPF e RG), que equivalem aos cheques ou aos saques. Sem esse controle bancário das movimentações (feito por extratos e saldos que são encaminhados à Justiça Eleitoral), é bem mais fácil promover alguma atividade ilícita. Eu disse: bem mais fácil.

Apesar de levar vantagem com a não abertura das contas, sou obrigado a concordar que até aí não existe prova material para a cassação. Entretanto, quando colocamos o ingrediente que cito do texto grifado do colega Jonas, o caldo engrossa um pouco. Se a compra dos veículos não estava sendo declarada antes da representação encaminhada até o Ministério Público, logicamente só posso deduzir que se tal representação não existisse tal fato nunca seria declarado. Então, sem possibilidade de avaliação da movimentação da conta bancária e com um antecedente de ocultação de movimentação, com toda liberdade, posso inferir que não tenho garantia nenhuma que houve ou não houve outra movimentação ilegal.

Outro detalhe bem interessante na matéria do Jonas é a afirmação do Juiz Eleitoral de Horizontina:

"O juiz eleitoral, Antonio Luiz Pereira Rosa, diz na sentença despachada na quarta-feira, 8, que é ilegal a não declaração dos recursos financeiros na campanha eleitoral, mas decidiu pela não cassação por entender que o valor de R$ 11,5 mil não declarados não influenciaram no resultado do pleito. Pereira Rosa considera ainda que, mesmo os recursos não sendo declarados, não foram utilizados para fins ilícitos, já que a aquisição de veículos para campanha eleitoral é legal."

Em uma eleição, onde a diferença entre o primeiro e o terceiro candidatos foi de 393 votos, saber a medida do que influência ou não no resultado do pleito é algo quase que sobre natural. E devemos, ainda, considerar os fatos mencionados acima em relação à prestação de contas.

Para encerrar, quero deixar claro que respeito e acato a decisão do Juiz Eleitoral de Horizontina, mas, reservo-me no direito de não entendê-la.

Leia mais sobre o caso

Justiça nega pedido de cassação do prefeito de Horizontina. Oposição recorre

Jonas Diogo, de Horizontina

A Justiça Eleitoral negou o pedido de cassação de mandato do prefeito de Horizontina, Irineu Colato (foto), e seu vice, Ricardo Sauer. Eles foram acusados pelo Ministério Público (MP) de captação e uso ilegal de dinheiro na campanha eleitoral de 2008. O pedido de cassação foi feito pela promotora Caroline Spotorno da Silva com base na rejeição das contas da campanha de Colato. Ele utilizou de R$ 11,5 mil para comprar veículos para a campanha. Esse dinheiro não foi declarados pelo comitê financeiro. Além disso, Colato não abriu uma conta bancária para movimentar os recursos de campanha, o que é obrigatório pela legislação eleitoral.

No relatório do MP, a promotora Caroline afirma que a não declaração dos recursos pelo candidato, nem na prestação de contas do comitê financeiro do partido “devem ser considerados ilícitos”. Por este motivo, a pedido da promotoria, a Justiça havia rejeitado as contas de campanha do então candidato que não abriu conta bancaria para movimentar o dinheiro utilizado na campanha.

O relatório do MP afirma que a ausência de declaração do valor na prestação de conta do PP, partido de Colato, e a não abertura de conta de campanha abrem dúvida sobre a real movimentação financeira da campanha. Ou seja, o relatório afirma que pode ter havido uma movimentação muito maior do que a chegou à Justiça Eleitoral, com a prática do chamado “caixa dois”. Ao tratar do assunto, a promotora Caroline diz que há “grande dúvida acerca dos outros valores que também não devem ter sido declarados, visto que o simples fato de não ter sido aberta a conta bancária específica acarreta na falta de controle dos valores e gastos em campanha eleitoral, fazendo com que não haja transparência e ocorra um desequilíbrio entre os concorrentes”.


Juiz eleitoral não vê problema com valores não declarados e ausência de conta da campanha

O juiz eleitoral, Antonio Luiz Pereira Rosa, diz na sentença despachada na quarta-feira, 8, que é ilegal a não declaração dos recursos financeiros na campanha eleitoral, mas decidiu pela não cassação por entender que o valor de R$ 11,5 mil não declarados não influenciaram no resultado do pleito. Pereira Rosa considera ainda que, mesmo os recursos não sendo declarados, não foram utilizados para fins ilícitos, já que a aquisição de veículos para campanha eleitoral é legal. Os veículos comprados com os recursos não declarados só foram declarados como utilizados em campanha eleitoral depois que uma representação levada à Justiça, em outubro de 2008, alegou que os veículos haviam sido doados em troca de votos. Na época, os advogados de Colato alegaram que os carros foram utilizados em campanha o que teria aberto caminho para suspeita de “caixa dois”.


Advogados da oposição recorrem da decisão

Os advogados do PDT, autor da representação, devem recorrer da decisão. O advogado do partido, Andrei de Oliveira, lamentou a decisão e disse que já recorreu da sentença junto ao Tribunal de Justiça. “Recorremos porque continuamos acreditando que houve pratica de caixa dois e que isso influenciou no resultado da eleição. O MP também entende assim, tanto que recomendou a cassação”, afirmou Oliveira. O PDT é autor de mais dois recursos no TRE sobre irregularidades na campanha de Colato.


Leia mais sobre o caso

Então tá...

Júnior Grings

Nem chegou o carnaval e a folia já começou. O senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB) "soltou a franga” em entrevista na revista Veja dessa semana. Segundo o parlamentar, o seu partido está, em boa parte, emergindo em atividades no mínimo suspeitas.

“Boa parte do PMDB quer mesmo corrupção”, diz Jarbas à Veja. Ele alfineta também o clientelismo do seu partido. “A maioria [do PMDB] se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral”.

A metralhadora do senador não poupou nem seu colega de casa, partido e presidente do senado, José Sarney. “A moralização e a inovação do Senado são incompatíveis com a figura do senador".

O PMDB deve definir nesta segunda-feira (16) uma possível punição para o senador Jarbas Vasconcelos.

Duas coisas me inquietam nisso tudo. Em que metade do PMDB o senador está inserido? Se for essa que o leitor está pensando, porque ele não saiu até hoje?

Já sobre a punição: no meu tempo de criança eu ganhava um doce cada vez que falava a verdade.

Viva O Capeta.

No dia 7 de fevereiro de 2007, a meia-noite e 10 minutos, começava a caminhada do Blog do Capeta na internet, com o texto “Escrever certo, ou ser compreendido?”.

Passou despercebido o nosso segundo aniversário, mas não queríamos presente mesmo.

Um feliz aniversário atrasado ao Capeta.