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Mão-de-obra

Não se faz campanha política sem mão-de-obra, ela pode ser paga ou não, mas é parte essencial do trabalho eleitoral.

Mas pessoas só podem vender algo que acreditam ser o melhor. Então, na hora de selecionar as pessoas para trabalhar é preciso ter esse cuidado. As pessoas precisam conhecer as propostas do seu candidato e acreditar nelas.

Cabos eleitorais precisam estar afiados e treinados e, para tal, precisam ter qualidades. Boa conversa, tranquilidade, postura e educação.

Bons cabos eleitorais percebem logo o eleitor que está suscetível a mudar o voto, ou está indeciso, perder tempo com pessoas convictas é desnecessário. E, ao mesmo tempo, bem convidativo aos que estão defendendo um candidato com a emoção.

Por isso, é bom sempre monitorar as pessoas nas ruas e orientar, mesmo aquelas que estão ali por amor.

Novo vs. Experiência

Muitos candidatos são traídos por esse duelo, e fazer uma avaliação equivocada desses dois conceitos praticamente tira as chances de uma candidatura decolar. Temos a necessidade de ter presente que toda campanha política tem como pressuposto algum tipo de mudança. As pessoas têm a oportunidade de mudar, e realmente querem fazer isso. Talvez isso seja o grande mérito da democracia: se errar em uma escolha, temos a oportunidade de mudar logo ali na frente, e não precisaremos esperar muitos anos, ou até mesmo gerações como em alguns outros sistemas políticos.

Aí vem o pulo do gato, as pessoas querem mudança, mas, querem sentir segurança. Segurança que é sempre a marca da experiência. Um candidato precisa passar segurança aos eleitores. Segurança para fazer as mudanças necessárias, sem comprometer o que está andando.

Nunca esqueçam: grandes políticos em suas esferas nunca podem ser declarados fora do páreo. Eles já realizaram obras que beneficiaram diretamente alguém, e esse alguém sempre conhece outro alguém.

Nosso candidato precisa ter algo novo a oferecer, mas sempre com a segurança de alguma experiência, que às vezes pode simplesmente ser o aval de algum grande político.

Qual o estilo ideal para um bom babaca?

Nesse campo, algumas discussões sempre vêm à tona. Alguns defendem o velho terno, outros que o candidato não deve ser almofadinha, alguns querem um candidato camaleão. Enfim qual é o estilo certo?



Bem óbvio que o candidato deve ter um comportamento relacionado com cada ocasião, entretanto, não deve ser transformado nunca em um camaleão. Devemos é analisar bem o perfil do nosso candidato, o cargo que ele está concorrendo e os meios que queremos inseri-lo.



O estilo do candidato deve ser pensado e discutido. A opinião dele deve ser levada em conta sempre, porque acima de tudo ele deve estar à vontade dentro do estilo proposto. Tenho algumas regras para esse tema:



Trajes: O candidato deve ser notado sempre, mas não por extravagâncias, principalmente em seus trajes.



Botons e adesivos de peito: aceitável, mas apenas um. Parecer árvore de natal só em dezembro, as eleições são em outubro.



Limpeza das roupas: O candidato precisa mostrar que mesmo no suor do trabalho mantém a aparência, sujeira na roupa chama atenção de longe principalmente para as mulheres.

Anfitrião: Regra básica de qualquer protocolo, a pessoa mais importante do evento é o anfitrião, nunca, mas nunca, pense diferente disso.



Classe e educação:
Você está sendo avaliado todo o tempo por alguém, portanto, seja educado e tenha classe.

Humildade: Principalmente para cumprimentar as pessoas.



Naturalidade: O candidato deve ser sempre o mais natural possível, maquiagem é muito válida, mas ela precisa parecer natural.



Elegância: Cada evento ou situação exige uma elegância específica, se não souver como as pessoas estarão vestidas em determinada ocasião, pergunte antes, não tente adivinhar.



Vamos voltar a esse tema, quando escolheremos o nosso candidato, e darmos início a elaboração da sua campanha.

Escolhendo o babaca

Não é qualquer babaca que pode ser um candidato com chances de se eleger, essa pessoa deve ter algumas qualidades. Não se preocupem, não tem nada haver com ética, propostas, ideais revolucionários, nada disso.

Nosso babaca deve ser ou ter:

Alguma inserção social – mais isso pode ser providenciando com algum tempo antes da campanha;

Capacidade de captação de recursos – é necessário ter pessoas dispostas a apostar dinheiro na candidatura do babaca, pessoas com dinheiro a procura de um babaca para apostar também funciona;

Acreditar nas próprias propostas – isso é extremamente necessário, mesmo que ele não tenha propostas, ele deve ter capacidade de acreditar nas propostas que as pessoas dispostas a apostar dinheiro na campanha dele vão lhe dar.

Todo o resto vai ser nosso trabalho de moldar, montar, planejar e organizar.

Considerações iniciais

Para começar nossa série, é necessário uma pequena introdução sobre princípios básicos de uma campanha e sua publicidade. Não sou nenhum doutor no assunto e, possivelmente, muitos profissionais bons podem ser encontrados com mais conhecimento no assunto. Entretanto, relatarei aquilo que acredito ser realmente válido. Um site que recomendo para quem quer aprofundar no assunto é o Política para Políticos.

O marketing político tem muito mais semelhanças do que diferenças do marketing de produtos, no entanto, as diferenças são muito mais significativas. Por isso, para eleger um babaca precisamos ter isso bem em mente. Nosso papel é vender um ideal, uma esperança, um sonho e não uma garrafa de refrigerante.

Outro conceito que é importante, é que em toda campanha política duas coisas sempre faltam. Dinheiro e tempo. Eu disse sempre faltam, em qualquer campanha que seja. Por mais dinheiro que um candidato tenha disponível, no momento crucial da campanha – as duas últimas semanas, faltará fundos em alguma área ou atividade que precisa ser executada. O mesmo acontece com tempo, aqueles compromissos e visitas adiados no início da campanha acumularão de tal forma no desfecho eleitoral que às 24 horas diárias parecerão 4 ou 5 horas.