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Consenso Eleitoral!?

Júnior Grings

Consenso eleitoral para muitos é considerado como o grau mais elevado de uma democracia, como um objetivo a ser alcançado. Entretanto, é um processo antidemocrático (como diria o ex-ministro da educação da França Luc Ferry, a democracia é o pior sistema político depois de todos os outros), pois, a decisão não cabe aos eleitores e sim dentro dos gabinetes em grandes conchavos.

A razão imperativa de qualquer eleição é justamente o debate de idéias, é a discussão que a população pode fazer com os candidatos, com os projetos, e com todos os demais eleitores. Deixa a decisão para dentro das quatro paredes seria reviver tempos obscuros da nossa política, e deixar o povo de lado dessa discussão.

Consenso é um debate estéril, onde tudo está bom, tudo vai ser o melhor. A parte mais importante de qualquer discussão é deixada de lado. O lado, verdadeiramente importante é justamente o questionamento crítico, o apontamento das falhas.

Quem é o revolucionário?

Júnior Grings

Quem são os revolucionários de nosso tempo? Pegar em armas, marchar entoando gritos de ordem, pintar a cara. Tudo isso parece ser os ingredientes indispensáveis para uma revolução. Entretanto, a única coisa que não pode faltar no caldeirão de um revolucionário, é idéias, sim uma revolução não é feita de armas, e sim de pensamentos, de uma idealização. A maneira pela qual ela acontece é indiferente, o que importa mesmo é o que ela propõe.

O revolucionário não tem endereço e nem comportamento definido. Não tem hora e nem lugar pra surgir.

Coletivo x Universal

Júnior Grings

Nas profundezas apocalípticas da maresia intelectual, tendo produzir algo que possa ser lido pelos, sempre pacientes, atentos e bem-aventurados, leitores do Blog do Capeta. Minha chatice está insuportavelmente, querendo sair de mim, a leitura de Freud está me irritando. Mas, como isso aqui não é um diário de adolescente (ao menos é isso que o Everton declara volta e meia), falarei de algo que me parecer ter uma utilidade mínima: a diferença do pensamento coletivo e do pensamento universalizado. Achamos, por hábito, que não se têm diferenças nessas duas formas de pensar.

Entretanto, comentemos um pecado capital quando não as diferenciamos. Sempre que pensarmos em idéias coletivas, precisamos, invariavelmente, mentalizar que todas as pessoas que constituem o coletivo abrem mão de suas idéias pela idéia do conjunto. A premissa primeira, e única, para fazer parte do todo é essa alienação ao todo. Logo, em um coletivo, não podemos ter mais do que uma idéia. Se alguém, por ventura, resolver pensar de maneira diferente será automaticamente colocado de fora, pois estará deixando de contemplar aquilo que o grupo quer.

Agora, quando universalizamos um pensamento, não estamos estabelecendo a premissa do pensamento único. Trata-se apenas de um consenso. As idéias dos indivíduos estão sempre construindo uma melhor universalização das idéias. Claro que uma idéia sempre prevalecerá, mas não será o pensamento que sustentará a união do conjunto, será a pluralidade, ao contrário do coletivo, onde é o pensamento único que sustenta o todo.

A universalização nunca terminará na absolutização do pensamento, pois as idéias sempre estarão em um movimento. Todavia, no coletivo, não pode haver um movimento de idéias, e o absoluto é inevitável.

RS pode ter uma fábrica de jipes russos

Junior Grings

Segundo matéria do jornal Zero Hora assinada pela jornalista Silvana Castro, a fábrica de jipes russa GAZ Tiger quer se instalar no Estado. As cidades que estariam na disputa são Santa Rosa e Santo Ângelo. As negociações já estão andando com o governo do Estado.

Não custa lembrar: essa disputa não pode ser demasiadamente política, pois, se isso acontecer, podemos observar um "vale a pena ver de novo da novela Nestlé". Onde um município que não era citado e que ficou fora dessa especulação dos influentes políticos acabou levando a parada. As empresas, especialmente as multinacionais, querem saber da estrutura, qualificação da mão-de-obra e dos benefícios, e não de discursos bem aprumados.

Confira a matéria do Zero Hora clicanco aqui.

Formação Intelectual

Júnior Grings

Nesse semestre, todas às terças-feiras, eu tenho o prazer de contemplar um dos maiores nomes da filosofia brasileira, Dr. Claudio Boeira Garcia. Renomado professor de filosofia política; um camarada fascinante que fala pelos cotovelos... se formos ver a fundo ela não fala, ele discursa. Discorre com perfeita conexão naquilo que aparentemente não tem conexão alguma. Boeira Garcia sabe o que fala, tem critério, e dificilmente o pegamos em algum possível erro. Bem diferente do que aquela figura dele aparenta, uma pessoa tranqüila, sempre de chinelos e bermuda, uma barriga já emoldurada por algumas cervejas a mais, e seu inseparável cigarrinho.

Todavia, o que me faz citar esse nobre professor nesse espaço, não é a sua peculiaridade ou o seu profundo conhecimento. Trago-o até esse espaço para quase emoldurar uma de suas afirmações.
E eu disse quase por questões obvias que não estou a fim de falar agora, é só o leitor do capeta conferir um dos meus textos anteriores. Boeira Garcia disse que não podemos ser filósofos, sociólogos ou historiadores. Segundo ele, podemos no máximo ser estudantes e pesquisadores, dedicados ou não. Quem vai nos conferir a notoriedade são os outros, isso vai se dar com o passar do tempo, com o conjunto da obra.

No fundo, o que esse professor tão camarada quer dizer é que toda e qualquer formação intelectual não pode, e não é puramente acadêmica. É uma formação de dedicação, pesquisa, convívio, e muito suor. As pessoas não pedem para ver o diploma de Kant, Hegel, Descartes, para criticar ou elogiar as suas obras.

Para pensar, narrar, discutir, falar, dissertar, escrever ou mostrar alguma coisa, não se precisa formação alguma. A validade dessas produções será dada pelos seus apreciadores. São eles que dirão se isso tem importância ou não. Buscar formação para realizar as ações citadas aqui é importante como um atalho ao processo, mas não é, e nunca será, um fator determinante para alcançá-las.

O Blog do Capeta bate seu recorde!

Da Redação

O mês de março foi literalmente do capeta, o blog conseguiu acumular a marca recorde de acessos em um só mês, 2141. Talvez para alguns isso pareça pouco, entretanto para nós isso têm um valor imenso. Na média são 69 acessos diários, mesmo que esse número seja repleto de outros significados, mostra o que estamos conseguindo construir nesses pouco mais de um ano de blog. Nesse mês também postamos 74 novos textos, 2,3 atualizações diárias. Tem pessoas que dizem que somos chatos, somos isso, somos aquilo, o que não somos é convencionados por ou para resultados. Somos nós mesmos o tempo inteiro e é isso que o nosso leitor vem buscar nesse espaço, nossa autenticidade.

Obrigado por nos ajudar nessa conquista.