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Passado, presente e Futuro

Meus botões andam meio que saltitantes. Meu pensamento anda pairando em lugares que ainda parecem desconhecidos. Com isso, minha imaginação, mesmo que nem sempre sóbria, flui de uma forma sagaz e inquietante. Há tempos tenho refletido sobre passado, presente e futuro. Cheguei a uma conclusão que, ao menos esse momento, me parece lúcida e pertinente: somos constituídos de passado. Atos, pensamentos e manifestações que fizemos, nossas atitudes ficam na história. Não podemos apagar o que fizemos e nem nos desfazer disso. O passado, gostando ou não, faz parte de nossas vidas. O presente nada mais é do que uma passagem entre o passado e o futuro. É menor que um estalo de dedos, pois o som desse estalo já é passado. Já passou!

A dimensão do presente é justamente ser um elo, uma ligação que fizemos do nosso passado com nosso futuro. O futuro é o que nos faz viver! É a busca pelo novo. É ele que nos faz acordar todos os dias e ir em frente. O papel do futuro é justamente fomentar nossas ambições e buscas. É no futuro que devemos concentrar nossas forças.

Entretanto, não somos apenas seres que vivem para o futuro. Temos que ter nosso passado sempre em mente. Pois, ele é a medida para o nosso futuro. É a ferramenta que usamos para estabelecer padrões às nossas buscas e ambições. Não podemos almejar novas conquistas se esquecermos nossa história.

Exaltar nossos erros é burrice. É coisa para tolos, mas fugir deles, sem repensá-los, é ser sórdido com nós mesmos. Negá-los às pessoas que nos cercam, pessoas a quem influenciamos e somos influenciados, é o ápice da mesquinhez. Só chegaremos ao ápice das nossas realizações, se conseguirmos estabelecer uma boa relação entre nossos erros e nossas conquistas. Essa relação é a essência do nosso presente, a assimilação do nosso passado e a solidez do nosso futuro. Um abraço a todos.

Júnior Grings

Corrupção e convívio social.

Diariamente ouvimos os meios de comunicação despejando turbilhões de fatos e informações sobre isso. Passam a imagem que estamos ilhados do resto do mundo, afogados nessa sujeira. Realmente parece que nesse chão tupiniquim a roubalheira não tem limites.
Todavia, a corrupção não é um privilégio nosso. A corrupção faz parte da natureza humana. Todos nós, pelo menos alguma vez na vida, já se deixou corromper. Seja em uma fila de banco ou em um pequeno favor que prestamos a determinado amigo com vistas no futuro. Talvez isso possa parecer insignificante, entretanto, identifica bem o comportamento humano.
É natural sermos movidos por interesses, isso é o que nos faz superar os obstáculos da vida. O grande problema em questão não é ser corrupto, e sim o quanto se é corrupto. Quando nossos interesses são desmedidos, geram problemas e transtornos ao social. Isso deve ser combatido. Todavia, o grande responsável por essa batalha é o grupo social, é a sociedade que deve prezar por sua integridade.
Porém essa, por sua vez, fica alienada por seus interesses, não fazendo um bom uso do seu poder na hora certa. Deixando sempre o interesse maior, do grupo social, de lado. Enquanto não agirmos, e não pensarmos de maneira efetivamente social, ficaremos submetidos àquelas pessoas que têm seus interesses pessoais desmedidos. Assim o grupo social vai estar sempre de lado.

Júnior Grings

Destino ou Coincidência?

Quase em ritmo carnavalesco, venho dar minha pequena contribuição aqui no blog. Confesso que os dois primeiros assuntos que eu pensei para essa semana, foram abordados, e muito bem, pelos amigos Everton e Jonas. Entretanto, esse fato me proporcionou uma idéia interessante. Como sempre, me fiz uma pergunta, seria isso o acaso, uma mera coincidência ou prova do destino?
Procurei conversar com algumas pessoas nessas últimas horas sobre o assunto, e quase todas elas apontaram o destino como evidente. Parecia até uma heresia falar contra o destino. Todavia, quando eu as indagava, dizendo que se existe destino, tudo já está programado para acontecer, então não nos cabe mais nada além de esperar. Foi em unanimidade que me diziam que somos nós que fizemos nosso próprio destino. Notem o peso que essa frase toma. “Nós fizemos nosso próprio destino”.
Essa frase realmente mexeu comigo. Talvez seja devido a minha absurda ignorância, que não me permite ver uma coisa tão obvia. Mas, quando penso na palavra destino, algumas coisas me ocorrem instantaneamente. Destino, para mim é destinado por. Para algo, ou alguém destinar, precisa ter poder sobre. Com o poder sobre, onde fica a liberdade?
Não podemos fazer o nosso destino, se é que ele existe. Não somos dotamos de poderes sobrenaturais para isso. Cabe a nós apenas viver nossa vida, os fatos acontecem corriqueiramente de forma natural. A única interferência que sofremos vem das relações sociais. Relações que mesclam culturas, e indivíduos que na sua convivência geram fatos curiosos, que parecem estar escritos para acontecer. Todavia, não passam de mera coincidência.
Júnior Grings

Escrever certo, ou ser compreendido?


Para o lançamento do blog do capeta, nenhum assunto mais pertinente do que falarmos da linguagem usada pelos internautas. O que alguns chamariam de “miguxes”, uma linguagem carregada de símbolos e abreviações. Muitos chamam isso de uma aberração do português, uma verdadeira afronta a uma língua tão rica e bem elaborada. Consideram um grande obstáculo, para o desenvolvimento da intelectualidade dos adolescentes. Mas será que ela é tão ruim assim? Se pararmos um pouco para pensar na principal função da linguagem ela seria tão inadequada assim?

Demorei algum tempo, para perceber que o elo fundamental da comunicação e expressão, é a compreensão que conseguimos dar quando nos expressamos. Logo, escrever de forma diferente e ser compreendido, não é tão errado assim. Outro fator a considerar é que a linguagem é viva, e sempre é moldável pela história e pelos seus usuários. Palavras nascem todo dia, se modificam pelo sotaque, significância e usuabilidade.

Estudiosos dessa área, mencionam muito uma tal de “condição ideal de fala”, o que eles consideram a parte fundamental da linguagem. Embora, para eles seja impossível chegar a tal condição, pois, para tal, todas as pessoas envolvidas em determinado diálogo, deveriam ter exatamente a mesma compreensão e significado, de cada expressão utilizada. Entretanto, isso não significa que devemos deixar de buscar essa condição, quanto mais próximo dela, mais próximos estamos da compreensão plena.

Então amigos, tudo é válido para se chegar a “condição ideal de fala”, o “miguxes”, mesmo ferindo profundamente o português, é plenamente aceitável como uma manifestação nata de linguagem. Todavia, devemos sempre ter presente que para muitas pessoas ele é desconhecido, e por isso, devemos com elas recorrer ao bom e velho português. Abraço a todos.


Júnior Grings

Perfil do Júnior Grings

Everton Maciel

Apesar da titulação de editor-chefe do Blog, Júnior Grings é um Capeta como os outros. Ganhou esse título por ser o idealizador dessa história toda. Sua postura de menino ignorante, aliada a sua pretensa formação acadêmica no curso de Filosofia dão o mote aos seus textos. Crítico por convicção, dificilmente concorda com as coisas:

“Existe sempre uma crítica a se fazer. Seja o assunto que for”, chateia Grings.

Ele, de vez em quando, ataca com textos de ficção, principalmente quando suas crises sentimentais estão borbulhando. Sim, envolto às paixões. Mas como não consegue olhar nada sem uma visão crítica acaba sempre na frustração.

O Blog do Capeta para nosso editor-chefe, é uma coisa muito séria. Para ele, ser blogueiro é ter um contrato diretamente fixado com o leitor, sem intermediários:

“O Blog precisa satisfazer o leitor a cada instante, a cada linha. Sem perder suas convicções, e tendo muito cuidado para não virar uma modinha da internet”, explica ele que aceita, tranqüilamente, o título de chato.

Conciliando as tarefas do Blog, o curso de Filosofia, as atividades relacionadas com topografia (seu ganha pão) e a política, esse jovem blogueiro pensa em encaminhar sua vida:

“Não quero ser rico, minha ambição é, apenas, viver bem, para conseguir manter minhas convicções e para, futuramente, poder virar um criador de ovelhas”, profetiza o editor.

Perfil do Everton Maciel

Júnior Grings

Quando concluiu o curso técnico em Comunicação e Artes, Instituto Educacional Visconde de Cairu de Santa Rosa, no Noroeste do Rio Grande do Sul, em 2003, Everton Maciel já trabalhava na Empresa Jornalística Noroeste há dois anos. Desde então, exerceu seu trabalho coligando reportagens de rádio e jornal. Manteve coluna semanal na edição eletrônica do Jornal Noroeste e, mais recentemente, passou a condição de colaborador do Blog do Capeta.

“O blog é uma brincadeira para alguns, mas, no século 21, temos aí uma das mais dinâmicas formas de exercer o jornalismo pleno”, comenta Maciel. “No blog, a coisa funciona diferente: nos jornais ou nas revistas o corretor, o editor, o redator e a faxineira são culpados dos erros que são publicados... e, sendo que há vários culpados, não há culpado algum. Ninguém sabe... ninguém viu... mas no blog a responsabilidade é do blogueiro. Ele é culpado. É o único responsável. Só ele! Isso ensina a respeitar os limites. A fazer jornalismo sério e comprometido, mas com respeito. Todo jornalista precisaria ter um blog”, acrescenta ele.

Até fevereiro de 2008 foi repórter em matérias especiais para o Jornal Noroeste, âncora e editor do Giro da Notícia, noticiário da Rádio Noroeste AM 890 que vai ao ar de segunda a sexta-feira sempre ao meio-dia. Agora, Maciel saiu de Santa Rosa para concluir o curso de Filosofia (iniciado na Unijuí) na Universidade Federal de Pelotas, no Sul do Estado. Ele só trabalha pensando em uma coisa: “Preciso ficar rico... rico, não. Melhor: arquibilhardário! Só que está difícil. Jornalista ganha pouco e, se é honesto, aí ferrou!”, debocha Everton.