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Enquanto estamos sem o Everton...

Júnior Grings, de Campos Lindos - TO

Enquanto o Everton vai curtindo um tempo sem a grande rede, eu vou tentar substituí-lo, detalhe ele não sabe.

Como estamos em tempo de guerra entre as duas Coreias e com um teste nuclear aqui, um lançamento de míssil ali. Cabe uma reflexão: os Estados Unidos da América invadiram o Iraque por muito menos, está certo mudou o Presidente. Entretanto, o que a Coreia do Norte produz mesmo?

Procurei e não encontrei. Queria fazer a citação literal da frase de Habermas, mas fica o registro. Temos que ter o cuidado com as ideologias, que em outras vezes que ela dominou não tínhamos mecanismos para destruir o mundo.

Tá, e daí?

Júnior Grings, de Campos Lindos, TO

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações, o serviço telefônico fixo e móvel piorou no primeiro trimestre de 2009. A Anatel tem um índice de desempenho que avalia o atendimento das empresas de telefonia no Brasil. Esse índice vai de zero até 100 e leva em conta a demora na resolução dos problemas, e também a rescendência de cada operadora.

Até aí nada de espetacular. O interessante vem agora: sete das oito operadoras de celular pioraram no índice. Já na telefonia fixa, sete, entre as nove maiores operadoras, pioraram.

Nós, brasileiros, ganhamos de brinde uma bolinha vermelha para colocar no nariz quando nascemos. Nosso serviço de telefonia é um dos mais caros do mundo. A qualidade é inferior a de muitos países. O sistema vem piorando e a angência reguladora não serve para regular! Pior: declara que não vai punir ninguém, argumentando que o tal índice serve apenas para aumentar a concorrência entre as operadoras.

Vêm cá? E se todas as operadoras piorarem? Como fica a concorrência?

Surpresas do Cerrado

Júnior Grings, Campos Lindos, TO

Algumas fotos da vegetação e das flores do cerrado brasileiro. As imagens foram feitas por Solano Dickel Dias e Vagner Paz Mengue. Assim que der, postarei algumas fotos do relevo e da situação de vida do sertão tocantinense.

Ah, valeu pelos 30 mil acessos! Certa vez o Everton conseguiu estragar nosso contador em uns 10 mil acessos... então, já são, mais ou menos, 40 visitas. Obrigado!

Uma ótima noite a todos.








Esse é o meu Brasil

Júnior Grings, de Campos Lindos - TO

Agüentar um desfile de carros importados nas Universidades Federais é difícil. Imaginem então Bolsistas do ProUni desfilando com um carrão por aí. Vejam matéria do G1 da globo.com sobre o assunto.

Deu no Folha da Cidade...

Publicado por Júnior Grings

O caso da cassação do prefeito de Horizontina, Irineu Colato, está dando o que falar. Leia parte da coluna do amigo Paulo Roberto Staziaki, publicada no jornal Folha Cidade, de Horizontina, que circulou esse final de semana:


Está sendo montado em Belo Horizonte um manual que ensina como abrandar exigências severas em uma eleição. Valerá inclusive aqui para o Rio Grande do Sul. Vejam que loucura:

1) Ter na frente de campanha uns três advogados bons, e se na chapa majoritária tiver causídicos, bingo.

2) Abertura de conta bancária é perda de tempo. Com lábia, tu finge ser meio “abobado” e diz que não entendeu a legislação.

3) Gastos até 11 mil e pouco, pode fazer que não dá nada. Não precisa declarar, isto não cassa mandato.

4) Comprar votos, até uns, 150 ou 200 pode! Não inflói, diminói, nem contribói, não tem potencialidade para mudar resultado.

5) É perda de tempo comprar gravador. Se pegarem alguém falando demais, basta esse alguém dizer que tinha tomado umas a mais, ou que estava “brincando” e a prova estará desfeita.

6) Caixa II então, se preocupa não, até provar meu filho, passa quatro, cinco anos!

7) Se fizer uns “favorzinhos” usar dinheiro vivo, afinal o dinheiro é seu, saiu da sua conta e você doa a quem quiser. Quem quebrará teu sigilo fiscal?

8) O povo sempre vai falar aqui e acolá, que há corrupção, mas esse povo fala demais e fala de todo mundo.

9) Salsichão e galeto pode! Afinal, tchê loko, se tu mora no Rio Grande, todo mundo faz churrasco. E a fumacera nas vilas no fim de setembro é pra comemorar o Dia do Gaúcho, a eleição é no início de outubro. Que mal tem uma festinha?

10) E se tu quiser sair da tua mansão e morar na vila uns 30 dias antes do pleito, sentir de perto a intenção de voto do povo, quem disse que é proibido?

11) E pode prometer emprego para todo mundo, afinal o estouro só vai dar depois da posse. Tu põe a culpa no mandatário anterior, diz que ele te entregou tudo quebrado, falido e chama os que te interessa.

Enchente em Altamira

Júnior Grings, em Campos Lindos (TO)

O caos que se tornou Altamira (PA), cidade que fica às margens do rio Xingu, não é novidade para os moradores daquela região. Seguindo a risca o que diz na frase na cartola do Blog, fui em busca de alguma coisa diferente sobre o ocorrido. Tenho alguns conhecidos e parentes morando lá, e também conheço bem a cidade.

Não é novidade alguma o volume das chuvas naquela região, nessa época do ano. A zona de convergência intra-tropical desce a Linha do Equador, encontra calor e umidade e despeja água sem parar. O que aconteceu na madrugada do último dia 12 não foi nada mais que um grande volume de chuvas nas cidades. Como o rio Xingu estava acima do nível normal, acabou represando os córregos e as drenagens urbanas. Isso alagou a cidade inteira.

O pânico que tomou conta na cidade é porque, desta vez, a água cresceu de maneira mais rápida que habitualmente. Como relata a moradora Daniela Pfiz: “moro aqui há 11 anos, tenho vizinhos que moram a mais de 50, e nunca foi visto algo do gênero”.

Segundo as previsões, o pior está por vir. Algumas fontes meteorológicas indicam um índice pluviométrico superior aos registrados nos últimos 30 anos. O que serve de consolo é que o período de chuvas está caminhando para o seu fim.

Vamos torcer para que os moradores da agradável e simpática cidade de Altamira não sofram mais nenhum imprevisto.

Acatar é fácil; entender é difícil

Júnior Grings, de Campos Lindos, Tocantins

Algumas coisas ecoam aos meus ouvidos. Isso acontece mesmo aqui, na distante cidade de Campos Lindos, no Tocantins. Observem citação do texto do amigo Jonas Diogo que vou transcrever abaixo (grifos meus):

“Os veículos comprados com os recursos não declarados só foram declarados como utilizados em campanha eleitoral DEPOIS que uma representação levada à Justiça, em outubro de 2008, alegou que os veículos haviam sido doados em troca de votos”.

Vou tentar ser lógico analisando os fatos. O prefeito de Horizontina, Irineu Colato, teve as contas eleitorais reprovadas por não utilizar conta bancária para as movimentações financeiras da campanha, procedimento obrigatório, segundo a Justiça Eleitoral, e seguido a risca por seus oponentes no pleito.

O simples fato da ausência de tal conta já é uma vantagem eleitoral, pois, enquanto os oponentes do Sr. Irineu utilizavam de um espaço público para movimentações financeiras, ele movimentava suas finanças eleitorais entre quatro paredes. Para todo depósito em uma conta-campanha, deve haver um recibo eleitoral correspondente. Explico melhor: eu, Júnior Grings, para fazer um depósito para algum candidato, devo ir até o banco, fazer um depósito identificado. Lá, constará meu CPF e RG. Depois o candidato deve me dar um recibo eleitoral (objeto que é controlado pelas executivas nacionais de cada partido e pela justiça eleitoral) do valor depositado. Quando esse valor é gasto, deve existir uma nota fiscal ou um recibo (com CPF e RG), que equivalem aos cheques ou aos saques. Sem esse controle bancário das movimentações (feito por extratos e saldos que são encaminhados à Justiça Eleitoral), é bem mais fácil promover alguma atividade ilícita. Eu disse: bem mais fácil.

Apesar de levar vantagem com a não abertura das contas, sou obrigado a concordar que até aí não existe prova material para a cassação. Entretanto, quando colocamos o ingrediente que cito do texto grifado do colega Jonas, o caldo engrossa um pouco. Se a compra dos veículos não estava sendo declarada antes da representação encaminhada até o Ministério Público, logicamente só posso deduzir que se tal representação não existisse tal fato nunca seria declarado. Então, sem possibilidade de avaliação da movimentação da conta bancária e com um antecedente de ocultação de movimentação, com toda liberdade, posso inferir que não tenho garantia nenhuma que houve ou não houve outra movimentação ilegal.

Outro detalhe bem interessante na matéria do Jonas é a afirmação do Juiz Eleitoral de Horizontina:

"O juiz eleitoral, Antonio Luiz Pereira Rosa, diz na sentença despachada na quarta-feira, 8, que é ilegal a não declaração dos recursos financeiros na campanha eleitoral, mas decidiu pela não cassação por entender que o valor de R$ 11,5 mil não declarados não influenciaram no resultado do pleito. Pereira Rosa considera ainda que, mesmo os recursos não sendo declarados, não foram utilizados para fins ilícitos, já que a aquisição de veículos para campanha eleitoral é legal."

Em uma eleição, onde a diferença entre o primeiro e o terceiro candidatos foi de 393 votos, saber a medida do que influência ou não no resultado do pleito é algo quase que sobre natural. E devemos, ainda, considerar os fatos mencionados acima em relação à prestação de contas.

Para encerrar, quero deixar claro que respeito e acato a decisão do Juiz Eleitoral de Horizontina, mas, reservo-me no direito de não entendê-la.

Leia mais sobre o caso

Justiça nega pedido de cassação do prefeito de Horizontina. Oposição recorre

Jonas Diogo, de Horizontina

A Justiça Eleitoral negou o pedido de cassação de mandato do prefeito de Horizontina, Irineu Colato (foto), e seu vice, Ricardo Sauer. Eles foram acusados pelo Ministério Público (MP) de captação e uso ilegal de dinheiro na campanha eleitoral de 2008. O pedido de cassação foi feito pela promotora Caroline Spotorno da Silva com base na rejeição das contas da campanha de Colato. Ele utilizou de R$ 11,5 mil para comprar veículos para a campanha. Esse dinheiro não foi declarados pelo comitê financeiro. Além disso, Colato não abriu uma conta bancária para movimentar os recursos de campanha, o que é obrigatório pela legislação eleitoral.

No relatório do MP, a promotora Caroline afirma que a não declaração dos recursos pelo candidato, nem na prestação de contas do comitê financeiro do partido “devem ser considerados ilícitos”. Por este motivo, a pedido da promotoria, a Justiça havia rejeitado as contas de campanha do então candidato que não abriu conta bancaria para movimentar o dinheiro utilizado na campanha.

O relatório do MP afirma que a ausência de declaração do valor na prestação de conta do PP, partido de Colato, e a não abertura de conta de campanha abrem dúvida sobre a real movimentação financeira da campanha. Ou seja, o relatório afirma que pode ter havido uma movimentação muito maior do que a chegou à Justiça Eleitoral, com a prática do chamado “caixa dois”. Ao tratar do assunto, a promotora Caroline diz que há “grande dúvida acerca dos outros valores que também não devem ter sido declarados, visto que o simples fato de não ter sido aberta a conta bancária específica acarreta na falta de controle dos valores e gastos em campanha eleitoral, fazendo com que não haja transparência e ocorra um desequilíbrio entre os concorrentes”.


Juiz eleitoral não vê problema com valores não declarados e ausência de conta da campanha

O juiz eleitoral, Antonio Luiz Pereira Rosa, diz na sentença despachada na quarta-feira, 8, que é ilegal a não declaração dos recursos financeiros na campanha eleitoral, mas decidiu pela não cassação por entender que o valor de R$ 11,5 mil não declarados não influenciaram no resultado do pleito. Pereira Rosa considera ainda que, mesmo os recursos não sendo declarados, não foram utilizados para fins ilícitos, já que a aquisição de veículos para campanha eleitoral é legal. Os veículos comprados com os recursos não declarados só foram declarados como utilizados em campanha eleitoral depois que uma representação levada à Justiça, em outubro de 2008, alegou que os veículos haviam sido doados em troca de votos. Na época, os advogados de Colato alegaram que os carros foram utilizados em campanha o que teria aberto caminho para suspeita de “caixa dois”.


Advogados da oposição recorrem da decisão

Os advogados do PDT, autor da representação, devem recorrer da decisão. O advogado do partido, Andrei de Oliveira, lamentou a decisão e disse que já recorreu da sentença junto ao Tribunal de Justiça. “Recorremos porque continuamos acreditando que houve pratica de caixa dois e que isso influenciou no resultado da eleição. O MP também entende assim, tanto que recomendou a cassação”, afirmou Oliveira. O PDT é autor de mais dois recursos no TRE sobre irregularidades na campanha de Colato.


Leia mais sobre o caso

Então tá...

Júnior Grings

Nem chegou o carnaval e a folia já começou. O senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB) "soltou a franga” em entrevista na revista Veja dessa semana. Segundo o parlamentar, o seu partido está, em boa parte, emergindo em atividades no mínimo suspeitas.

“Boa parte do PMDB quer mesmo corrupção”, diz Jarbas à Veja. Ele alfineta também o clientelismo do seu partido. “A maioria [do PMDB] se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral”.

A metralhadora do senador não poupou nem seu colega de casa, partido e presidente do senado, José Sarney. “A moralização e a inovação do Senado são incompatíveis com a figura do senador".

O PMDB deve definir nesta segunda-feira (16) uma possível punição para o senador Jarbas Vasconcelos.

Duas coisas me inquietam nisso tudo. Em que metade do PMDB o senador está inserido? Se for essa que o leitor está pensando, porque ele não saiu até hoje?

Já sobre a punição: no meu tempo de criança eu ganhava um doce cada vez que falava a verdade.

Viva O Capeta.

No dia 7 de fevereiro de 2007, a meia-noite e 10 minutos, começava a caminhada do Blog do Capeta na internet, com o texto “Escrever certo, ou ser compreendido?”.

Passou despercebido o nosso segundo aniversário, mas não queríamos presente mesmo.

Um feliz aniversário atrasado ao Capeta.

Por aí...

Júnior Grings, de Natividade, Tocantins
Com fotos de Solano Dias


Considerado o mais antigo núcleo urbano fundado no estado do Tocantins, a cidade de Natividade é uma ótima opção turística. Fundada em 1734, o antigo Arraial de Natividade, em 2004, contava com uma população estimada em 9,5 mil habitantes.

Entre as atrações turísticas estão cachoeiras de águas cristalinas, como a cachoeira Paraíso no rio Manuel Alves da Natividade. A arquitetura da pequena cidade também chama atenção: várias casas conservam ares de época. Mas a maior atração da cidade sem dúvida é uma ruina do século 18, que fica no Largo do Rosário, chamada também de Praça da Ruína.

Natividade fica a 230 km ao sul de Palmas, tem uma boa estrutura hoteleira e bons acessos rodoviários. Outra caracteristíca do perímetro urbano, sãos as ruas estreitas, que formam uma espécie de labirinto, como se fossem várias cidades dentro de uma só.

Na foto das ruínas, estou junto com dois colegas de trabalho: Vagner e Solano.

Grife do Capeta...

Confeccionada no ano passado, por ordem do editor-chefe do Capeta, Júnior Grings, essa pastinha muito versátil chegou às minhas mãos na semana passada. O próprio Grings concedeu-me a honra da sua visita para entregar o presente de natal (atrasado). Bonitinha, né? Mas não está a venda. Quem sabe um dia fazemos em escala maior.

Acompanhe...

Júnior Grings

Nos próximos dias, relataremos um pouco das condições que encontramos em Campos Lindos (TO). Nosso trabalho ficará divido em três matérias: ruas e vias urbanas; lixo e saneamento; e moradias.

Objetivamente, não faremos disso uma denúncia particular. Não pretendemos criar caso com político algum. As fotos e os textos são para exemplificar como é a realidade urbana da maioria das cidades das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Estamos em Campos Lindos, uma pequena cidade no nordeste do estado do Tocantins: trata-se do mais recente estado brasileiro - desmembrou-se de Goiás em 1988. Os habitantes locais se confundem em uma cultura com influências nordestinas e nortistas. Tudo isso misturando com uma enorme taxa de imigração do Sul e Sudeste do Brasil.

A organização urbana é praticamente inexistente. As vias e as moradias estão em condição precárias. Tentaremos retratar esses fatores. Para me ajudar nessa tarefa, contarei com a geógrafa e mestranda em planejamento urbano e regional Núbia Scariot.

História (real) de natal e fugas

Ateus, os capetas (Júnior, Juca e Everton) não desejam feliz natal para ninguém. Sabemos que o cristianismo é, junto com os outros dois monoteísmos, uma das piores coisas que já aconteceu na história da humanidade. Então, pedimos paciência, pensando que a própria evolução da capacidade de compreender a realidade conseguirá deixar de lado esses modelos que carregam consigo ódio, desprezo à intelectualidade e submissão, através de fantasias tolas. Resta-nos a esperança de que um dia viveremos num mundo livre da infância intelectual, onde as crianças se comportarão como crianças e os adultos como adultos.

Nosso roteiro de fuga, para não sermos linchados pelos cristãos durante as festas natalinas, inclui várias viagens. Por isso, o fluxo de publicações diminuirá aqui no Capeta. Não se esqueça: aqueles que não acreditam em Papai Noel acreditam mais nas pessoas.

Outra vez: prefeito de Horizontina pode ser cassado

O ex-prefeito de Horizontina, no Noroeste do Rio Grande do Sul, Irineu Colato (PP), teve as contas reprovadas pela 120ª Zona Eleitoral. Segundo a sentença, assinada pelo juiz Antônio Luiz Pereira da Rosa, o ex-prefeito teria feito uso de caixa dois e também não abriu contas específicas para a movimentação do dinheiro da campanha deste ano. Colato se elegeu novamente com 35% dos votos, depois que ele e o vice foram cassados em 2004. Se o Ministério Público Eleitoral pedir e a Justiça Eleitoral aceitar a cassação do prefeito eleito até o dia 18 deste mês, ele aguardará a decisão do Tribunal Superior Eleitoral fora do cargo. Procurado pela imprensa, Colato aguarda para se manifestar sobre o caso, mas já avisou que vai recorrer da decisão.

Problemas da tecnologia

Os Filhos do Positivismo

Júnior Grings, Campos Lindos - TO

Deixo as relações com a tecnologia desse pequeno manuscrito por conta dos leitores do Blog. O assunto parece sem propósito, ou inadequado. Todavia, estou em uma cruzada contra essas “ervas daninhas”. Escondem-se fantasiados em pessoas normais, cultivam, aparentemente, um pensamento moderado, incrivelmente juram fazer parte de um pensamento de vanguarda. No menor vestígio de polêmica, despejam todo o seu verbo, erguem o pavilhão da "amor, pela ordem e progresso", a moral (ou moralidade) sustentando a família. Família que é o alicerce de tudo.

Não tenho problema algum com ordem, moral e família. Nenhum mesmo. Entretanto, qualquer um desses três “elementos” só têm sentido quando se justificam. Sei, preciso clarear isso; começarei pela família: qual o sentido de ter uma família por simples aparência? O que mantém uma família em harmonia é a boa convivência, estabelecer parâmetros ou fazer julgamentos sobre o que é uma família. Trata-se de um ótimo recheio de lingüiça para as pregações. Impor um relacionamento familiar, é por si só não ter uma família.

Ordem? Ordem por ela mesma não quer dizer nada. Podemos dizer sem medo algum: a ordem existe apenas depois de uma convenção sobre ela (ordem crescente, ordem decrescente, ordem aleatória). Existe ordem somente quando tudo está no seu lugar. Exigir ordem é querer que nada se altere, por inferência lógica, com ordem não existe progresso. Precisamos do caos e da crise para formularmos uma nova ordem, consequentemente progredir ou não.

Agora vamos enfrentar a moral. A moral é feita de regras de convívio absorvidas tacitamente. Por isso, temos que ter presente que se a moral vem do convívio, o próprio pode muda-lá. Todo conviver social evoluí. Por conseguinte, a moral vai adequando-se a evolução. Impor conceitos morais é impor contra a convivência. Se ela acontece de forma tácita, as mudanças morais vão acontecendo. Não aceitar isso é não aceitar a própria moral.

As belezas do Tocantins

Júnior Grings, Campos Lindos (TO)

Alguns dias desaparecido aqui do Capeta, mas podem ficar tranqüilos: continuo vivo. A rotina de trabalho apertou um pouco, por causa do final de ano. Na última quinta-feira (4), presenciei uma cena rara e de imensa beleza: dois filhotes de Jaguatirica cruzaram nosso caminho. Assim que perceberam nossa presença, pularam para o mato. Foram alguns segundos apenas, nem tempo para a fotografia. Entretanto o registro em nosso cérebro ficou. A natureza é bela em sua essência.

Falando em beleza da natureza: um pouco antes do entardecer, o tempo armou-se para a chuva. Já estávamos na cidade e conseguimos registrar a cena. Posteridade por si só. Os créditos da fotografia ficam por conta do meu colega Solano Dickel Dias.

Para admirar ainda mais a paisagem, clique na foto.



Universidade + universitário = crise (ou acomodação?)

Júnior Grings, de Campos Lindos (TO)

Qual é a real função da universidade? Ou, talvez, poderíamos reformular a pergunta: qual é a principal função da universidade para com o universitário? Com certeza, em qualquer enquête, a “profissionalização” apareceria com um largo percentual, por inferência apareceria também “ensinar”, ou promover ensinamentos. Entretanto, o primeiro objetivo, e por assim principal, é provocar uma crise. Isso, provocar crise.

Constitucionalmente, todo formado em nível superior tem um contrato fixado com o país, onde ele se compromete em ser um agente de desenvolvimento econômico, social e cultural, da sua região. Os leitores mais apressados possivelmente devem estar se perguntando, e a crise onde entra nisso?

Ser agente do desenvolvimento é criar novos conceitos, é ir muito além da repetição de técnicas. Precisamos gerar conhecimento tanto dentro como fora da universidade. Para gerar novos conhecimentos ou conceitos, precisamos derrubar os estabelecidos anteriormente. Só derrubamos nossas convicções pré-estabelecidas se entrarmos em crise, se vivermos em crise.

Falar isso dentro das paredes da academia soa como uma heresia. Incrivelmente, a fábrica de formadores de conceitos, está moldada para ser uma fábrica de técnicos. Jovens entram aos montes nos cursos superiores esperando aprenderem direitinho o manual prático da profissão escolhida.

Indubitavelmente, precisamos da crise para nossa evolução teórica. Ser agente do desenvolvimento é ser agente da crise. A técnica é fundamental, mas novas técnicas só surgem da crise.