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Relatos de uma filosofia comum

Júnior Grings

Logo nos primeiros passos de acadêmico, um dos professores passou um pequeno esquema sobre a origem da palavra verdade. E também o quanto essa origem influencia até hoje a nossa vida.

Alétheia, para os gregos. Descobrimento do que é, do que está presente.

Veritas, em latim. Relato com fidelidade do que foi, aquilo que já aconteceu.

Emunah, para os hebreus. Verdade é confiança, um voto de confiança pode mudar a verdade.

A busca da ciência é uma mistura desses três conceitos, para se chegar ao que é realmente, precisa-se buscar o que foi, tudo isso fazendo projeções no que pode acontecer, ou seja, confiando naquilo que se propõe.

Entretanto, uma verdade não pode existir praticamente, ou no mundo empírico. Verdade é apenas um conceito que pode nortear a razão ou a sua busca. Ao momento que instrumentalizarmos qualquer conceito que julgamos verdadeiro, estamos jogando ele no campo da ideologia. E nada mais que proverá desse conceito será racional, e sim uma repetição daquilo que idealizamos como verdade, formaremos assim um absoluto, um mito, um deus.

Nessas terras o ser humano travou todas suas lutas e guerras. Nesses, e apenas nesses campos, é que se construíram as batalhas, sejam elas diplomáticas ou bélicas. Povos se matam entonando seus mitos, seus deuses e suas verdades absolutas, que não passam de uma verdade conceitual transformada em verdade prática.

Mesmo que o meu sábio professor de estética diga, que os gregos guerreavam para ter as melhores mulheres em suas épicas orgias. Os sábios homens, ou homo sapiens, devoram-se entre si em nome de uma verdade. Em tempo, uma verdade não mais dedutiva, e sim instrumental.

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