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A simplicidade do amor

Júnior Grings

Como sorriso de criança ganhando sorvete em domingo à tarde, posso desenhar a simplicidade do amor em minha embriagada mente. Como o amor, algo que em sua essência é simples, pode emaranhar nossas idéias, e por vezes até desvirtuar nossos conceitos de certo e errado.

Muitas pessoas dizem que é muito mais fácil amar, do que explicar o amor. Disso não posso duvidar. Todavia, a questão não é essa. Não quero falar de amar, mas, sim, de amor. O amor é simples. Não pode ser diferente: em sua simplicidade, ele encanta. Entretanto, simplificar as coisas é que é complicado.

Precisamos de combustíveis para qualquer sentimento. Com o amor não é diferente. Geralmente, as pessoas nunca erram nos ingredientes. Mas, sim, nas quantidades. Com sobrecargas de ímpeto e desejo, colocamos o objeto de adoração num degrau acima de nós mesmos. O problema é justamente esse, colocamos o amor em um lugar inalcançável, e damos a vida para alcançá-lo.

Só podemos amar aquilo que faz parte de nós mesmos. Se o objeto amado está apenas em nossa cabeça, só podemos amá-lo lá. Vejo que essa é a grande dificuldade das pessoas ao amarem: elas desenham o amado de tal forma, que ele nunca será realmente assim. Então, poderá ser amado apenas nos sonhos. É com esse pensamento que afirmo: o amor é algo essencialmente simples. O emaranhado de dificuldades é posto por nós mesmos.

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