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O segredo da Felicidade


Talvez o grande segredo da felicidade seja não ter segredo, mais ou menos como o ingrediente secreto da sopa do Kung Fú Panda. Uma frase que ninguém conseguiu até hoje definir a autoria expressa isso perfeitamente: “ser feliz não é ser sempre alegre, tampouco nunca o ser: é poder sê-lo, sem que, para tanto, seja preciso que algo decisivo ocorra ou mude.”

Ser feliz é sempre um comparativo de momentos sem cair em relativismos. Ou seja, felicidade é sempre um passo anterior ao momento. Felicidade é uma construção sem fim de um dia que nunca chega. As dificuldades, as ilusões, decepções, tropeços, tudo isso vai determinar o que exatamente é a minha felicidade.

A felicidade vai estar jogada no colo do mundo, no carro mal estacionado do vizinho, no enquadramento do chefe chato, no visualizar e não responder do WhatsApp, na foto não curtida do Instagram. Não que o outro determine minha felicidade, sou eu que a percebo. E porque não dizer: a tolero. Mas no final não esqueça sem relativismos.

Como saber se eu preciso ou não de Terapia?


Bem, fazer terapia, seja ela através de um Psicanalista ou Psicólogo, não tem contraindicações ao contrário é antes de tudo um investimento que fizemos em nós mesmos. Mas claro, existem muitos sinais que nos dizem que está na hora de procurarmos ajuda de um profissional. Aqui vou falar de dois.

O primeiro sinal é quando pessoas de diferentes níveis de relacionamento começam a sugerir. Quando um colega de trabalho falou algo muito parecido que um irmão por exemplo. Isso mostra que estamos repetindo determinados comportamentos em lugares e com pessoas diferentes. Mas que determinados comportamentos são esses?

Esse é justamente o segundo sinal, sempre que alguma coisa nos faz mudar de hábitos por medo ou angústia, estamos diante de um caso de terapia. Vou citar alguns exemplos: i) Todo mundo tem medo de tomar um não ou um fora, em uma paquera, mas quando esse medo faz com que eu nunca tente ou mesmo eu evite sair para lugares onde o objetivo seja paquerar, temos um caso para Psicanálise; ii) Ter desejos e fantasias fazem parte da nossa vida e até nos provocam ansiedade e culpa, mas quando nos sentimos culpados com a mesma intensidade por pensamentos que com atos, temos um caso para Psicanálise; iii) Sempre que temos a necessidade de substituir algo para superar alguma coisa (como exemplo um namorado por outro, um relacionamento por festas sem parar, cigarro por balas...) sem ter fim. Temos um caso para Psicanálise... E assim mais uma infinidade de exemplos que no fundo mostram o quanto tentamos fugir de alguma coisa que nos assusta ou incomoda muito.

Claro que existem outras coisas que indicam nossa necessidade de fazer ou não terapia, mas em geral essas duas são as que mais passam desapercebido.

Ética e Moral

Do Trabalho ao Trabalhador.

Mais uma Edição das nossas transmissões semanais no Facebook, O tema desse encontro foi o trabalho e o trabalhador brasileiro.

Deixe seu filho se Frustrar


      Suportar a frustração é um dos maiores desafios que enfrentamos no decorrer de nossa vida. Ter a dimensão que ela é inevitável ajuda muito, mas nem isso diminui o nosso sofrimento quando ela chega. Essa dor é exponencialmente aumentada porque as frustrações estão ligadas a desejos e não a nossas necessidades. E existe uma grande diferença aí nesse ponto. Necessidade é tudo aquilo que realmente precisamos em nossa vida, desejo é o que necessitamos somado a uma fantasia.
    
     Cito um exemplo, tenho fome, comer é uma necessidade, logo qualquer alimento satisfaz minha necessidade. Agora, quando digo quero comer um talharim a bolonhesa, estou falando de um desejo. Fui além da necessidade, coloquei minha imaginação, criei uma fantasia que até água na boca dá. Claro que isso é uma simplificação teórica, daqui poderíamos tirar mais alguns metros de pano e alguns quilos de manga. Mas o objetivo não esse.
      Então, voltando a frustração, podemos afirmar que é justamente ela que nos molda enquanto pessoas. A maneira como vivenciamos, administramos e enfrentamos nossas frustrações nos deixa melhor a cada dia. Como isso podemos até gozar melhor nossas conquistas. Afinal, fizeram parte dela também frustrações.
       Quando um pai ou uma mãe paulatinamente evitam as frustrações de um filho, estão na verdade roubando uma parte valiosa do amadurecimento do filho. Frustrar-se com uma amizade ruim na infância, pode fazer um adulto nem confiar demais a ponto de ser vítima de um golpe, nem desconfiar sempre a ponto de nunca querer arriscar a fazer novos negócios ou novas amizades, por exemplo.
       Outro papel importe da frustração é nos livrar do tédio, pois, realizar todos os nossos desejos seria no mínimo entediante, pra não dizer profundamente enlouquecedor. Sofrer precisa fazer parte de nossa vida, para melhorarmos a cada dia. Não estou aqui fazendo apologia ao sofrimento, isso seria sadismo. Estou apenas afirmando que a frustração faz parte da vida, e esse queremos um mundo melhor com pessoas melhores precisamos conviver com ela.

A Loucura nas Redes Sociais

A Nave dos Loucos a caminho do País dos Tolos. Gravura em madeira, de 1549.
Algumas coisas ficam em nossa cabeça como sino. Um amigo Twittou sobre a depressão ao ler Foucault, achei graça e fiz um comentário tentando relacionar com a Nau dos Loucos, citada pelo autor no seu livro História da Loucura. Não sou nenhum estudioso desse controverso Filosofo. Mas lembro muito bem do apanhado que ele faz sobre como as definições dos loucos e da loucura foram se transformando com o tempo e entre as culturas.

Sua ilustração da embarcação onde os loucos fossem colocados e que vagaria sem atracar em mais nenhum porto, assim salvando o mundo dos insanos. É perfeita para nosso mundo digital. O timoneiro enlouqueceu, atracou nas redes sociais e agora nos resta apenas a lamentar os resultados.