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Horizontina Futsal na luta pelo tetra





















Júnior Grings, de Horizontina


Horizontina Futsal, atual tri-campeão gaúcho, joga sua vida na série ouro nesse sábado. Alternando altos e baixos durante o ano todo o time de Horizontina ocupa hoje a oitava colocação na tabela de classificação com 25 pontos. Nesse sábado às 20 horas e 30 minutos enfrenta no Edio Stoll a equipe do Bom Gosto Futsal de Tapejara, que atualmente se encontra na nona colocação com 24 pontos. Um ponto atrás da equipe de Horizontina. Vencendo os horizontinenses garantem a classificação para a próxima fase, já uma derrota complica a vida da equipe na competição.


Mais do que nunca o Horizontina Futsal precisa do apoio da sua torcida, que esse ano ainda não lotou o ginásio. É bom lembrar que nos últimos anos, a torcida horizontinense fez a diferença tanto dentre como fora de casa. A foto postada ilustra bem isso, torcedores saíram de Horizontina viajaram mais de 500 km para ver a equipe conquistar o tri-campeonato em Caxias do Sul contra a UCS/Cortiana em 2007.

Um dos mais emblemáticos Torcedores do Horizontina Futsal é Paulo Stein também conhecido como Preto, fundador da Torcida 10 Organizada, Preto parece já ter a receita para o Tetra-Campeonato: Temos que vencer o jogo e espero que a torcida apóie o time, basta vencermos para chegar entre os 8 classificados. Depois a camisa vai ter que pesar e vamos em busca do tetra. Já fomos desacreditados outras vezes, e nessa hora, quando torcida e time se unem é que crescemos.


Os créditos da foto são da equipe de Marketing do Horizontina Futsal.

A verdadeira função da linguagem


Júnior Grings, de Horizontina

Vale lembrar que toda manifestação de linguagem é válida quando cumpre o que se propõe. Entretanto, (precisa algum argumento?). Créditos da foto para o meu amigo Vadenilson Patussi, que está expedicionando no Tocantins.
OBS.: Clique na imagem para ver os detalhes.

Problemas da Tecnologia VII


Júnior Grings, de Horizontina

Quem nunca baixou uma música da internet que atire a primeira pedra. Criar ferramentas de interação para as pessoas é também criar a possibilidade de multiplicar e fortalecer sentimentos comuns. Desde a minha adolescência convivi com uma prática comum entre jovens, a troca de sons, compartilhar músicas é algo extremamente natural.

A tecnologia veio e oportunizou ferramentas capazes de multiplicar essa prática pelo mundo inteiro. Uma prova disso é a comunidade no Orkut “Discografias”. Comunidade que caminha a passos seguros para um milhão de participantes. Sua principal atividade é disponibilizar links com músicas em mp3 para os internautas fazerem downloads.

Agora essa comunidade tem sua existência assombrada pela APCM (Associação Antipirataria Cinema e Música), que inclusive chama a “Discografias” de seu principal cliente em que tange música. Acompanhe matéria da FOLHAOLINE.

Como eu mencionei acima, criar ferramentas de interação para as pessoas é também criar a possibilidade de multiplicar e fortalecer sentimentos comuns. Os direitos autorais devem ser preservados, mas talvez se as gravadoras abrissem a caixa preta dos custos de um CD ou DVD, e tivessem a disposição de discutir alternativas com os maiores interessados (os consumidores) seria muito mais fácil de diminuir a pirataria. Antes disso, viva a pirataria, viva a “Discografias”.

Problemas da tecnologia VI: conhecimento e informação


Jr. Grings, de Horizontina

Talvez esse tema não seja propriamente um problema da tecnologia. Mas como o Everton Maciel sugeriu que eu voltasse com essa série, aqui estou. Alguns dias atrás um jovem, estudante do ensino médio, fez uma afirmação que me deixou preocupado. Seu tom de voz aumentou para exclamar que: “a internet é inegavelmente a maior revolução do conhecimento”. Fugi como um rato da discussão. Achei totalmente descabido o ambiente e os ânimos para o debate. Entretanto, resolvi enviar-lhe um e-mail como também postar no blog o conteúdo.

Talvez minha ignorância seja suficientemente grande para tapar meus olhos ao obvio, todavia, dar poderes revolucionários à internet sobre o conhecimento, é algo que me apavora. É inegável que a rede mundial de computadores é a revolução do acesso às informações. Com a internet, temos acesso, em poucos minutos, a grandes ou pequenos acontecimentos do mundo inteiro. Mas informação não é conhecimento. Não chegamos ao conhecimento sem informações, nem aqui e nem na China, mas as formas de se chegar ao conhecimento ainda são as mesmas da Grécia Antiga até hoje. Não existem atalhos para o conhecimento, ainda precisamos de leitura e reflexão (muito além do esgotamento, diga-se de passagem).

A internet nos fornece um monte de retalhos, precisamos avaliar cada um deles, descartando uns aceitando outros. No entanto, esses retalhos sempre serão apenas informações, quem pode fazer a revolução no conhecimento é o ser humano, e não suas invenções.

Voltando

Júnior Grings

Voltando a esse pequeno espaço virtual, depois de um pequeno sumiço. Quero fazer uma pequena colocação: a democracia não seria justa muito menos plena, se a corrupção e as malfeitorias políticas não tivessem seu espaço garantindo. Democracia é, sim, a representação de todas as facções da população.

E para encerar esse aforisma, ao menos é assim que o Juca Fortes chama meus textos, recordo o ex-ministro da educação francês, Luc Ferry (foto): a democracia é o pior sistema de governo, depois de todos os outros.

Entanda, se puder

Jr, Grings, de Horizontina

Estou há dias tentando dimensionar a distância entre duas pessoas. Sei que metricamente é possível fazer essa mensuração. Entretanto, determinar o que aproxima ou distancia as pessoas é algo difícil de se palpar

Tenho aqui, entre meus botões, que a melhor maneira de saber a proximidade humana é a linguagem, ou quem sabe a ausência dela. As expressões e interpretações aproximam as pessoas umas das outras.

Seguindo esse raciocínio, podemos inferir que ferramentas como telefone e internet, são grandes instrumentos para diminuir distâncias. Todavia, existe um pequeno detalhe em meio a isso tudo: quando nos comunicamos de forma indireta, estamos muito mais relacionados com nós e com nossas idéias do que com as outras pessoas. Desenhamos as palavras a nossa maneira, o que, muitas vezes, não reflete o que o locutor queria dizer.

Ter cuidado e cautela na hora de receber as manifestações das outras pessoas é um bom exercício para evitarmos ansiedades e desejos sem correspondência.

Voltando

Júnior Grings

Antes de colocar minhas inexpressivas palavras, quero pedir desculpas aos leitores do Blog pelo meu súbito afastamento. Mesmo não sendo candidato, minhas atribuições partidárias acabam consumindo minhas energias e o meu tempo vago. Todavia, prometo não me ausentar tanto daqui para frente.

Deixando as delongas de lado, quero falar sobre a imparcialidade dos meios de comunicação nesse período eleitoral. Claro que ser imparcial não é uma tarefa humanamente possível. Entretanto bom senso nessas questões é fundamental. Valer-se de uma postura pública e de uma ferramenta de informação de forma tendenciosa é um crime moral para com o leitor, ouvinte ou telespectador.

O Papel da mídia é informar os fatos da maneira mais clara e mais perto da realidade. É compromisso do “jornalista” usar critérios na hora de fazer sua matéria. Nessas horas é que podemos observar o caráter das pessoas as quais damos nossa atenção todos os dias.

Nota do Capeta

Nosso contador de acessos parou de funcionar perto dos 10mil acessos. Tivemos que colocar outro. Obrigado pela paciência.

A condição Humana na sua historicidade

Júnior Grings

Como falar sobre determinado assunto, quando nossas dúvidas e ansiedades estão em pleno fervor? Poderia aqui ficar detido na tarefa empreendida pelo professor e tentar, por fim, justificar a continuidade da modernidade baseado em uma gama diversa de autores. Entretanto, minha consciência obriga-me a uma aventura arriscada, mesmo que o preço dela seja a total invalidação desse inexpressivo manuscrito. As marcas históricas não podem estar acima dos interesses humanos. Qual é a legitimação científica ou filosófica do conhecimento se não o homem? E o que é o homem se não suas manifestações de compreensão e expressão?

A maior herança da modernidade é a possibilidade de podermos diferenciar o significado do seu significante, a separação do sujeito e objeto de forma clara. O objeto perdeu a sua forma concreta graças à separação entre ciência e filosofia/teologia, depois, com a separação da filosofia e as ciências humanas.

Notoriamente, ao olharmos a Grécia antiga, vamos perceber a proximidade entre ciência e filosofia. Uma necessidade em buscar e justificar o fundamento último, claro, sempre com uma forma palpável ao mundo externo. Fazer ciência era fazer filosofia, as experiências eram sempre dispostas a comprovar o absoluto. Platão e Aristóteles recorriam ao mundo empírico para, formalmente, sustentar seus sistemas, mesmo considerando as imperfeições dos mesmos.

O período medieval aprisiona esses sistemas de uma forma teológica, buscando sempre a partir das ciências – de uma maneira restrita – e da filosofia, justificar o fundamento último e absoluto, rotulado de deus. Os conceitos de bom, ruim, verdade, belo, precisam de argumentos sólidos, digamos, mensuráveis.

O avanço científico e o começo da introdução do método fazem a ciência desprender-se da filosofia e da teologia com o começo da modernidade. O conhecimento científico passa a qualificar e quantificar os fenômenos, os fatos, os acontecimentos, enfim, começa a explicar a natureza. Inegavelmente, a ciência produz soluções para os problemas do homem. Todavia, nas soluções produzidas pela ciência apenas tem valor os fenômenos explicados, o objeto em questão pode ser entendido e explicado. Os problemas gerados por essas soluções continuam no campo especulativo, onde a filosofia, apoiada hora na teologia e hora nas ciências humanas, tenta produzir seus conhecimentos.

Como avalista de dois campos com conhecimento específico, a filosofia não consegue gerar conhecimentos que não sejam concretos. Legitimar um deus, ou determinada teoria social, não vai além de buscar a solução dos problemas. É pertinente lembrar que só existe solução para os fenômenos. Nenhum um fenômeno é transcendental, não acompanha o homem em sua história.

Com alguma clareza, podemos perceber, seguindo esse raciocínio, que toda ciência é descontinua. Os problemas surgem ao decorrer do processo histórico, e cada instante da história as soluções dos problemas se justificam. Entretanto, o que transcende a tudo isso são os problemas das soluções. E isso não tem um atrelamento concreto aos fenômenos, é o que transcende no homem. Os objetos e fenômenos da ciência passam a ser a expressão e interpretação das suas conseqüências.

Quando a ciência – incluindo as humanas e a teologia – passa a solucionar os problemas, e a filosofia descobre o seu verdadeiro papel de especular sobre os problemas da solução, é que de fato podemos considerar a consolidação da modernidade.

Mencionada logo no início, a separação do significado e significante, merece uma atenção especial para prosseguirmos nosso empreendimento. Quando desprendemos a filosofia da ciência – da maneira posta anteriormente – notamos que o objeto (significante) não é mais necessariamente vinculado ao seu significado. Não precisamos levar o objeto conosco quando formos dele emitir qualquer juízo. Através da linguagem emitida tanto de maneira filosófica ou científica, podemos de maneira satisfatória argumentar sobre ele. Com essa, ótica para afirmarmos o fim da era moderna ou a sua continuação, precisamos resolver de forma fundamentada um problema que continua longe do seu fim. A ciência e a filosofia precisam de forma conjunta estabelecer um conhecimento que seja a solução de todos os problemas e, ao mesmo tempo, o fim dos problemas da solução.

Esse conhecimento precisa ser concreto de maneira suficiente, e transcendental de maneira absoluta. Do contrário entraremos em um novo ciclo teológico.

Supor um domínio científico dos fenômenos de tal envergadura é contrapor o papel das ciências, que necessita dos fenômenos e dos acontecimentos para produzir seus conhecimentos. Ainda nesse viés, é necessário uma emancipação plena da condição humana de maneira transcendental a toda sua historicidade. Seria como chegar ao fim de todas as buscas que o homem almejou.

Meus anseios e temores balançam ao tentar emoldurar tanto o esgotamento da capacidade humana, pelo seu uso pleno, quanto visualizar a nossa incapacidade histórica de chegarmos ao nosso limite máximo.

Posso ariscar dizer que cabe a condição humana – e apenas a ela – esse próximo passo no seu periodismo histórico. Demarcar os limites e buscas, tanto científicas quanto filosóficas, é papel do homem.

Solução dos problemas ou os problemas da solução

Júnior Grings

Apliquei os meus últimos dias de leitura a um dos maiores nomes da filosofia brasileira, Dr. Ernildo Stein, famoso por ser um grande estudioso de Heidegger. Stein faz umas observações interessantes sobre as diferenças entre a filosofia e as ciências. Não querendo sobrepor uma à outra, mas, sim, na definição do espaço de cada uma no desenvolvimento da humanidade. Ele coloca, com muita propriedade, que o papel das ciências é lidar com a solução dos problemas, é solucionar as particularidades que a humanidade demanda. À filosofia cabe a função de falar sobre os problemas da solução, falar e tentar entender o porquê a solução precisa de melhorias e ou substituições.

Notem a sutilidade desse pensamento “solução de problemas” versus “problemas da solução”, implicação de um intenso diálogo entre ambas as partes é a necessidade primordial para a continuação de ambas. Mencionar ou pensar em qualquer possibilidade de uma solução definitiva para os problemas é decretar hora, local e data para o fim das ciências e da filosofia. E, conseqüentemente, o congelamento da sociedade.

Dialética do conhecimento (versão simplificada)

Júnior Grings, de Horizontina

No meu projeto literário da adolescência, livro que intitulei de Os Olhos do Mundo – certamente, não está publicado –, eu já ensaiava meus primeiros passos sobre esse tema. Na época, não tinha nenhum conhecimento filosófico - não que eu tenha algum hoje -, mas os percalços da universidade me ensinaram algumas coisas. Os leitores que acompanham minhas intervenções aqui no Blog provavelmente já devem ter cruzados os olhos por algo nesse sentido, falo dos pré-conceitos que temos estabelecidos em nossa mente.

Não consigo imaginar que possamos emitir qualquer juízo daquilo ao qual não tenhamos o mínimo conhecimento. Só podemos imaginar aquilo que de alguma forma conhecemos. Logo, o que não conhecemos, simplesmente, não faz parte da nossa gama de pensamentos. Antes de prosseguir, quero deixar claro que conhecemos as coisas não só de maneira empírica, mas também de maneira racional dedutiva.

O que de fato nos leva a tirar impressões ou idéias das coisas é a relação que temos com a coisa ou com o que se assemelha ou a lembre. Nossa primeira impressão sempre é pautada por aquilo que imaginamos, e nunca no que realmente cabe. Não que via de regra sempre teremos um pré-conceito diferente da realidade, mas será sempre prematuro emitir conceitos acabados, ou pelo menos bem fundamentados sobre algo em nosso primeiro contato.

Porém, para aprimorar nossos juízos, precisamos romper esse pré-conceito. Temos a necessidade de colocar de lado – se isso for realmente possível – nossas impressões da coisa. Somos movidos por julgamentos, estabelecemos todos os nossos relacionamentos com base nos resultados de nossos juízos. Por isso não podemos evoluir relação alguma sem rompermos, na medida em que vamos nos relacionando e aprimorando nossos conhecimentos sobre algo.

Não é o acaso que nos aproxima das coisas e das pessoas, mas sim, nossos pré-conceitos, do mesmo modo que ele nos afasta das mesmas. Conviver é emitir e derrubar juízos, um exercício diário que, muitas vezes, parece estar longe da prática das pessoas.

Paralelo 30

Júnior Grings

Andei meio afastado do Capeta nos últimos dias. “Andei” pressupõe que não estarei afastado nos próximos dias. Todavia, essa é uma certeza que não tenho. Meu afastamento aconteceu por motivos profissionais, exponenciados pela faculdade e por outras atividades paralelas. Sempre me detive a várias atividades, mas nunca dei conta de uma só plenamente. Isso já faz parte de mim. Mas O Blog realmente merece mais atenção.

Na semana passada, acabei indo até a capital dos gaúchos, minhas estadas em Porto Alegre sempre são peculiares. Posso passar poucas horas, mas sempre passarei por situações inusitadas. Curioso.

Grandes centros urbanos mechem sensivelmente com a minha pisque. Sou um típico cidadão interiorano, mas não é esse o problema. Nunca tive problemas desse tipo em nenhuma outra cidade do país. O Problema é justamente a cidade. Não que eu não goste da capital do meu Estado, pelo contrário sou um grande admirador dos seus encantos.

Bueno, como diria o gaúcho, vamos aos fatos: estava eu na Avenida Érico Veríssimo, bem próximo do prédio do Zero Hora. Terminando o cigarro, para tocar o interfone de um prédio, quando um sujeito me aborda e começa um longo discurso. A conjugação verbal e a imponência contextual do cara erra espetacular, só não conseguia saber do que se tratava o assunto. Ele não parava de falar, aumentava o tom da voz gradativamente, chamava a atenção de todos que iam passando por ali naquele começo de manhã. Qualquer outra pessoa teria passado batido pelo cara, mas eu não. Titubiei uma indagação, no entanto não tive oportunidade de fazê-la, quando dei por mim meu amigo relâmpago meu apertou a mão e disse: “Quanto mais veados pelo mundo, mais mulher para nós dois”. E saiu, fiquei com a mão estendida, petrificado com várias pessoas desconhecidas me olhando. Isso não deveria importar, mas como sou um cidadão interiorano fiquei envergonhado e disse para mim mesmo: é... estou em Porto Alegre.

Consenso Eleitoral!?

Júnior Grings

Consenso eleitoral para muitos é considerado como o grau mais elevado de uma democracia, como um objetivo a ser alcançado. Entretanto, é um processo antidemocrático (como diria o ex-ministro da educação da França Luc Ferry, a democracia é o pior sistema político depois de todos os outros), pois, a decisão não cabe aos eleitores e sim dentro dos gabinetes em grandes conchavos.

A razão imperativa de qualquer eleição é justamente o debate de idéias, é a discussão que a população pode fazer com os candidatos, com os projetos, e com todos os demais eleitores. Deixa a decisão para dentro das quatro paredes seria reviver tempos obscuros da nossa política, e deixar o povo de lado dessa discussão.

Consenso é um debate estéril, onde tudo está bom, tudo vai ser o melhor. A parte mais importante de qualquer discussão é deixada de lado. O lado, verdadeiramente importante é justamente o questionamento crítico, o apontamento das falhas.

Quem é o revolucionário?

Júnior Grings

Quem são os revolucionários de nosso tempo? Pegar em armas, marchar entoando gritos de ordem, pintar a cara. Tudo isso parece ser os ingredientes indispensáveis para uma revolução. Entretanto, a única coisa que não pode faltar no caldeirão de um revolucionário, é idéias, sim uma revolução não é feita de armas, e sim de pensamentos, de uma idealização. A maneira pela qual ela acontece é indiferente, o que importa mesmo é o que ela propõe.

O revolucionário não tem endereço e nem comportamento definido. Não tem hora e nem lugar pra surgir.

Coletivo x Universal

Júnior Grings

Nas profundezas apocalípticas da maresia intelectual, tendo produzir algo que possa ser lido pelos, sempre pacientes, atentos e bem-aventurados, leitores do Blog do Capeta. Minha chatice está insuportavelmente, querendo sair de mim, a leitura de Freud está me irritando. Mas, como isso aqui não é um diário de adolescente (ao menos é isso que o Everton declara volta e meia), falarei de algo que me parecer ter uma utilidade mínima: a diferença do pensamento coletivo e do pensamento universalizado. Achamos, por hábito, que não se têm diferenças nessas duas formas de pensar.

Entretanto, comentemos um pecado capital quando não as diferenciamos. Sempre que pensarmos em idéias coletivas, precisamos, invariavelmente, mentalizar que todas as pessoas que constituem o coletivo abrem mão de suas idéias pela idéia do conjunto. A premissa primeira, e única, para fazer parte do todo é essa alienação ao todo. Logo, em um coletivo, não podemos ter mais do que uma idéia. Se alguém, por ventura, resolver pensar de maneira diferente será automaticamente colocado de fora, pois estará deixando de contemplar aquilo que o grupo quer.

Agora, quando universalizamos um pensamento, não estamos estabelecendo a premissa do pensamento único. Trata-se apenas de um consenso. As idéias dos indivíduos estão sempre construindo uma melhor universalização das idéias. Claro que uma idéia sempre prevalecerá, mas não será o pensamento que sustentará a união do conjunto, será a pluralidade, ao contrário do coletivo, onde é o pensamento único que sustenta o todo.

A universalização nunca terminará na absolutização do pensamento, pois as idéias sempre estarão em um movimento. Todavia, no coletivo, não pode haver um movimento de idéias, e o absoluto é inevitável.

RS pode ter uma fábrica de jipes russos

Junior Grings

Segundo matéria do jornal Zero Hora assinada pela jornalista Silvana Castro, a fábrica de jipes russa GAZ Tiger quer se instalar no Estado. As cidades que estariam na disputa são Santa Rosa e Santo Ângelo. As negociações já estão andando com o governo do Estado.

Não custa lembrar: essa disputa não pode ser demasiadamente política, pois, se isso acontecer, podemos observar um "vale a pena ver de novo da novela Nestlé". Onde um município que não era citado e que ficou fora dessa especulação dos influentes políticos acabou levando a parada. As empresas, especialmente as multinacionais, querem saber da estrutura, qualificação da mão-de-obra e dos benefícios, e não de discursos bem aprumados.

Confira a matéria do Zero Hora clicanco aqui.

Formação Intelectual

Júnior Grings

Nesse semestre, todas às terças-feiras, eu tenho o prazer de contemplar um dos maiores nomes da filosofia brasileira, Dr. Claudio Boeira Garcia. Renomado professor de filosofia política; um camarada fascinante que fala pelos cotovelos... se formos ver a fundo ela não fala, ele discursa. Discorre com perfeita conexão naquilo que aparentemente não tem conexão alguma. Boeira Garcia sabe o que fala, tem critério, e dificilmente o pegamos em algum possível erro. Bem diferente do que aquela figura dele aparenta, uma pessoa tranqüila, sempre de chinelos e bermuda, uma barriga já emoldurada por algumas cervejas a mais, e seu inseparável cigarrinho.

Todavia, o que me faz citar esse nobre professor nesse espaço, não é a sua peculiaridade ou o seu profundo conhecimento. Trago-o até esse espaço para quase emoldurar uma de suas afirmações.
E eu disse quase por questões obvias que não estou a fim de falar agora, é só o leitor do capeta conferir um dos meus textos anteriores. Boeira Garcia disse que não podemos ser filósofos, sociólogos ou historiadores. Segundo ele, podemos no máximo ser estudantes e pesquisadores, dedicados ou não. Quem vai nos conferir a notoriedade são os outros, isso vai se dar com o passar do tempo, com o conjunto da obra.

No fundo, o que esse professor tão camarada quer dizer é que toda e qualquer formação intelectual não pode, e não é puramente acadêmica. É uma formação de dedicação, pesquisa, convívio, e muito suor. As pessoas não pedem para ver o diploma de Kant, Hegel, Descartes, para criticar ou elogiar as suas obras.

Para pensar, narrar, discutir, falar, dissertar, escrever ou mostrar alguma coisa, não se precisa formação alguma. A validade dessas produções será dada pelos seus apreciadores. São eles que dirão se isso tem importância ou não. Buscar formação para realizar as ações citadas aqui é importante como um atalho ao processo, mas não é, e nunca será, um fator determinante para alcançá-las.

O Blog do Capeta bate seu recorde!

Da Redação

O mês de março foi literalmente do capeta, o blog conseguiu acumular a marca recorde de acessos em um só mês, 2141. Talvez para alguns isso pareça pouco, entretanto para nós isso têm um valor imenso. Na média são 69 acessos diários, mesmo que esse número seja repleto de outros significados, mostra o que estamos conseguindo construir nesses pouco mais de um ano de blog. Nesse mês também postamos 74 novos textos, 2,3 atualizações diárias. Tem pessoas que dizem que somos chatos, somos isso, somos aquilo, o que não somos é convencionados por ou para resultados. Somos nós mesmos o tempo inteiro e é isso que o nosso leitor vem buscar nesse espaço, nossa autenticidade.

Obrigado por nos ajudar nessa conquista.

O Funk -Um tapinha não dói- doeu 500 mil vezes para gravadora

Júnior Grings

Quem não se lembra daquele “famoso” funk, - Dói, um tapinha não dói- pois é, a Justiça Federal de Porto Alegre condenou a gravadora a pagar uma multa de R$ 500 mil. A empresa Furacão 2000 Produções Artísticas, recebeu a multa, pois a justiça entendeu que a letra da música banaliza a violência e estimula a sociedade a inferiorizar a mulher. A multa deverá ser revertida ao Fundo Federal de Defesa dos Direitos. A decisão ainda pode ser contestada.

Marceneiros sem martelos

Júnior Grings

Segundo a Secretaria Nacional de Segurança (Senasp), 44% dos policias militares brasileiros têm acesso a coletes a prova de bala. Ou seja, de cada 100 policias militares, que estão diariamente sujeitos as atividades hostis no enfrentamento da criminalidade, só 44 estão usando uma ferramenta básica de segurança.

O mínimo que um empregador deve oferecer a seus empregados são as ferramentas para o exercício do trabalho profissional. Sem equipamento adequado, nunca um policial estará tranqüilo para exercer da melhor maneira possível suas funções. No final, que pagará o preço é sempre a sociedade.